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Três novos Doutorados no Piauí

Na última avaliação dos projetos de cursos de pós-graduação, a Universidade Federal do Piauí ganhou três novos Doutorados acadêmicos. Os cursos são aprovados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Os cursos aprovados foram nas áreas de Farmacologia, História e Letras. Os três cursos chegam no momento de maturidade dos mestrados que lhes deram origem, sendo o Programa de Pós-Graduação em História o mais antigo, iniciado em 2004.

Para aprovação, cada projeto passou por uma longa e criteriosa avaliação. Neste aspecto, o sistema de avaliação brasileiro é extremamente rigoroso. A aprovação da APCN (Avaliação de Propostas de Cursos Novos) passa pela análise da qualidade do projeto, a produção acadêmica do grupo de professores e as perspectivas de desenvolvimento acadêmico para a região na qual o curso encontra-se inserido.

Com estes novos, a UFPI totaliza 12 cursos de Doutorado.

Três novas opostunidades para quem vai encarar este desafio.

Até o próximo post...

 

 

Oumuamua: é um pássaro? É um avião? É algo bem esquisitão...

Em um dialeto que se fala no Havaí (EUA), Oumuamua quer dizer “um mensageiro de longe que chega primeiro”. Mas o que é o corpo celeste que tem intrigado astrônomos de vários lugares do mundo?

Quando foi avistado pela primeira vez em outubro de 2017 pelo cientista Robert Werik direto do Observatório de Panstars em Haleakala no Havaí, o astro foi classificado como Cometa e foi chamado de C/2017 U1. Depois verificou-se que o astro era muito esquisito, pois se fosse um cometa não estava demonstrando possuir o que mais chama atenção naqueles astros que é cauda. Passou então a ser considerado um Asteroide e recebeu o nome de A/2017 U1.

A medida que foi se aproximando do Sistema Solar e foi sendo possível identificar sua forma (tem a forma de um charuto) e suas características (tem a cor avermelhada e muitos metais na sua composição), e especialmente a sua aceleração, a coisa foi mudando de figura: o novo corpo celeste, de corpo alongado e com uma aceleração anormal que sempre estava mais adiante do local para onde os cálculos dos astrônomos apontava passou a chamar-se 1I/Oumuamua. 1 porque é o primeiro corpo celeste com o formato que tem – alongado – com estimativas de que varia de 400 m a 1 km de comprimento. “I” porque, comprovadamente, é um corpo celeste de fora do Sistema Solar, por isso, considerado Interestelar.

Esta semana que passou mais curiosidade o corpo celeste passou a despertar quando um cientista da Universidade de Harvard cogitou, em um artigo publicado na Astrophysical Journal Letters, que o objeto bem que poderia ser obra de povos alienígenas. A singularidade da forma aliada ao fato do corpo ter mantido uma aceleração maior do que a normal para um asteroide ou cometa que passam perto do sol foram suficientes para levantar as suspeitas. No artigo se levanta a hipótese do corpo ser uma parte de uma nave, como por exemplo uma vela, impulsionada pelo sol.

O canal Space Today no YouTube tem vídeos interessantes que revelam algumas informações sobre este intrigante corpo celeste. Veja o vídeo:

Pelo sim, pelo não, é bom saber que tem alguém vigiando os céus por nós. De uma coisa não podemos escapar: é pouco provável que estejamos sozinhos nesta imensidão de Universo.

Até o próximo post...

 

Mudanças climáticas afetaram dentição dos mamíferos

O tema das mudanças climáticas está constantemente na baila da ciência. Há controvérsias sobre o peso da influência humana nas modificações climáticas, mas não se duvida, em nenhuma hipótese, que o clima da Terra já sofreu alterações e que estas alterações estão se processando neste momento.

Pesquisa realizada na Universidade de Cleveland, nos EUA, comprovou, por exemplo, que as alterações climáticas pretéritas foram decisivas para nortear a modificação dos dentes de mamíferos marsupiais. Os mamíferos marsupiais, para quem não se lembra, são animais que não possuem placenta para gerar descendentes. Seus filhotes completam o desenvolvimento em bolsas situadas no abdome da mãe, chamadas de Marsúpios. O marsupial mais conhecido (famoso porque é muito falado em diferentes mídias) é o Canguru, da fauna australiana.

Nestes estudos foram comparados dentes de animais marsupiais fósseis da Austrália e da América do Sul. Estes estudos revelaram que os dentes molares do animais sul-americanos apresentavam a coroa mais alta, muito provavelmente resultado da seleção natural provocada pela existência de alimentos mais exigentes resultantes de plantas de floresta úmidas, quando comparados com marsupiais da Oceania.

As mudanças climáticas são um importante fator a ser considerado na influência do aumento e na redução da diversidade biológica da Terra.

Em tempo: os marsupiais mais comuns nas Américas na atualidade são os gambás e as mucuras.

 

 

 

 

Astronauta vai para Ciência e Tecnologia

Fechadas as urnas da eleição presidencial de 2018 iniciaram-se as especulações sobre os futuros ministros que auxiliarão o futuro presidente do Brasil. Um dos primeiros candidatos a ministro convidados foi o astronauta Marcos Pontes, exatamente para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Mas quais serão as expectativas do segmento diante da indicação?

Quem é Marcos Pontes?

Marcos César Pontes é paulista de Bauru e tem 55 anos. É engenheiro aeronáutico formado pelo Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA) e Mestrado em Engenharia de Sistemas pela Naval Postgraduate School na Califórnia (EUA). Atualmente é Tenente-Coronel da Aeronáutica e foi selecionado pela NASA para formação como astronauta e concluiu o curso em dezembro de 2000. Foi o primeiro brasileiro, sulamericano e lusófono a participar de uma missão espacial (Missão do Centenário) na Estação Espacial Internacional (ISS), em 2006.

Os reflexos da indicação na comunidade científica

O novo Ministério de Ciência e Tecnologia será muito mais importante e forte do que atual. Segundo se noticiou o novo Ministério abrigará todas as universidades brasileiras, que sairão da gestão do Ministério da Educação. O novo Ministro se deparará com uma rede gigante formada por 68 universidades distribuídas pelos 26 estados e o Distrito Federal. O principal desafio será o de lutar por um incremento no orçamento para o Ministério que, a cada corte orçamentário que afeta o país, fere de morte o sistema de ciência e tecnologia brasileiro. O atual percentual, equivalente a 1,2% do PIB, recebeu a promessa de um incremento para, pelo menos, 3%. A agregação das universidades obrigará a uma ampliação orçamentária muito maior do que do atual Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), dirigido pelo político Gilberto Kassab.

Notícias que circularam na mídia dão conta que a comunidade científica recebeu a indicação com naturalidade. Personalidades como Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e Natália Pasternak Taschner, do Instituto Questão de Ciência comentaram na imprensa nacional sobre as expectativas positivas da escolha do novo Ministro. Ambos acreditam que será necessário reduzir a burocracia para que os recursos aplicados em Ciência e Tecnologia cheguem mais rápido às bancadas de laboratório.

As últimas gestões da Ciência e Tecnologia no Brasil

O segmento da Ciência e Tecnologia, como boa parte dos Ministérios brasileiros, em geral vem sendo ocupado há muitos anos por políticos. Desde que o segmento ganhou o status de Ministério (inicialmente Ministério da Ciência e Tecnologia – 1992 a 2011; depois Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – 2011 até 2016 e atualmente, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – 2016 até agora) já passaram 13 ministros, dos quais 10 tem como principal ocupação a política. As três exceções foram os ministros José Israel Vargas (químico), Marco Antonio Raupp (matemático) e Clélio Campolina Diniz (Engenheiro Mecânico). O primeiro na gestão do Presidente Itamar Franco, enquanto os outros dois na gestão da Presidente Dilma Roussef.

A presença de Marcos Pontes no Ministério, fortalecido pela escolha do Presidente eleito pode, neste momento de crise do segmento, significar aquela luz no fim do túnel que tanto esperamos

Em tempo: importante ressaltar que esta análise encontra-se isenta de paixões políticas, sendo absolutamente técnica.

 

O mais pesado organismo do mundo está encolhendo

Não se trata de nenhuma baleia ou elefante fazendo dieta!

O mais pesado organismo do mundo é um Pando (Populus tremuloides), uma árvore da família botânica das Salicaceae. Na verdade, ao olhar de qualquer leigo, pode se achar que se trata de mais de um organismo (veja a foto).

Imagem do Pando em Utah (EUA). Fonte: Science.

Mas você pode estar se perguntando: a foto mostra vários? Na verdade, todos estes indivíduos são resultado da germinação de uma só semente. Todos os organismos são clonais e intimamente ligados pelo sistema de raízes, a exemplo do maior Cajueiro do Mundo, o Cajueiro-Rei, que fica em Cajueiro da Praia no litoral do Piauí e que já tivemos a oportunidade de comentar sobre ele aqui no Blog. Quer lembrar? Clique aqui.

Este Pando, situado em uma floresta no estado de Utah é considerado o mais pesado organismo do mundo com uma estimativa de que tenha 6 mil toneladas. Não é considerado o maior organismo do mundo, pois é bem menor do que o fungo Armillaria gallica que cobre uma área de 37 hectares no estado americano de Michigan, conhecido por gerar os cogumelos de mel (veja imagem)

Cogumelo Mel. Fonte: Science.

Os cientistas descobriram que o Pando está encolhendo, muito provavelmente pela ação de cervos, responsáveis por comer brotos que permitiriam a expansão do Pando. O estudo de imagens aéreas desde 1939 tem revelado que o organismo gigante está diminuindo de tamanho.

Na natureza, os impactos provocados pelo homem não são únicos. Entretanto, às vezes, os que não são gerados pelo homem diretamente, podem ser consequência indireta da ação humana, como parece ser este caso.

 

 

 

Físico piauiense ocupará cadeira em Academia

O que a física tem a ver com a literatura? Os incautos responderiam imediatamente: Nada! E se a pergunta fosse: o que a ciência tem a ver com a literatura de Cordel? Talvez o imediatismo em responder seria ainda mais eloquente. Mas não para nós que conhecemos o Prof. Wilson Seraine.

O Prof. Wilson Seraine é licenciado em Ciências com Habilitação em Física pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e tem Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Atualmente é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI). Mas nenhum destes títulos conseguem expressar o foco atual da vida deste professor de alta estirpe: ele é um agitador cultural.

Dono de uma simpatia ímpar, Wilson foi gradativamente se mudando do mundo científico para o mundo da cultura nordestina. Como bom piauiense, nordestino da gema, cultiva valores da nossa rica cultura, dedicando-se semanalmente a um programa de rádio distribuído para uma legião de ouvintes pela FM Cultura de Teresina: A Hora do Rei do Baião, onde encanta seus ouvintes com sucessos de Luiz Gonzaga e ícones da cultura musical nordestina, a exemplo de Jackson do Pandeiro, Maria da Inglaterra e muitos outros.

Como um bom professor, Wilson enveredou para se pós-graduar. Optou por tentar melhorar a palatabilidade do Ensino de Ciências usando um componente da sua paixão pela cultura: a Literatura de Cordel. Sua dissertação de mestrado intitulada “O uso da Literatura de Cordel como texto auxiliar no Ensino de Ciências do Ensino Fundamental da Educação Básica: uma abordagem quantitativa” terminou virando um livro: A Literatura de Cordel no Ensino de Ciências. Ele transformou a sua pesquisa científica em um instrumento de conhecimento usando o atributo cultural do Cordel. Um casamento perfeito entre Ciência e Cultura. Depois disso não parou mais.

Wilson pertenceu durante muitos anos ao Conselho Estadual de Educação. Desde que saiu do CEE, ele passou a fazer parte do Conselho Estadual de Cultura e é considerado um dos membros mais ativos. Além dos livros publicados e do programa de rádio sobre os sucessos do Rei do Baião, Wilson faz prospecções de pesquisas sobre o cangaço, tem uma grande coleção de itens que conta um pouco do viver nordestino, como se fosse um mini museu e lidera movimentos como a Procissão das Sanfonas, evento que já está consolidado como uma tradição da cultura de Teresina.

O talento de Wilson para as coisas da cultura lhe valeu a indicação para Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC). Sua posse como imortal da Academia será no próximo dia 26 de outubro, às 19h, na sede do Conselho Estadual de Cultura do Piauí em Teresina.

O futuro “imortal” segue conciliando Cultura e Ciência, considerando a associação das duas com a Educação como o ponto alto de sua carreira como professor.

Parabéns dileto amigo!

 

OECD lança estudos importantes na área de Educação

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) acaba de lançar dois estudos bem amplos sobre a Educação Mundial. Para quem não sabe é a OCDE que realiza o PISA que é o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes.

O PISA avalia anualmente estudantes da faixa etária de 15 anos para ver como andam os conhecimentos nas áreas de Matemática, Ciências e Letramento. Aquele exame que já abordamos aqui em outro post, no qual os estudantes brasileiros amargam entre as últimas posições, infelizmente.

O primeiro é um estudo complementar ao conjunto de dados atualizados anualmente com as informações dos países que realizam o PISA. Trata-se do estudo intitulado OECD Handbook for Internationally Comparative Education Statistics 2018 CONCEPTS, STANDARDS, DEFINITIONS AND CLASSIFICATIONS (em tradução livre, Manual 2018 da OCDE para Estatísticas da Educação Comparada Internacionalmente: conceitos, normas, definições e classificação). O estudo traz sobre o funcionamento dos sistemas educacionais, tais como a participação e o progresso através da educação, os recursos humanos e financeiros investidos e os resultados econômicos e sociais associados ao sucesso educacional. Através do conjunto de indicadores e definições harmonizados, eles permitem que os países vejam seu sistema educacional à luz do desempenho, práticas e recursos de outros países. Fundamental para a credibilidade e compreensão dessas comparações são os conceitos, definições, classificações e metodologias que foram desenvolvidos ao longo dos anos para sustentar as estatísticas e indicadores.

O outro relatório PISA for Development Assessment and Analytical Framework: READING, MATHEMATICS AND SCIENCE (PISA para o Desenvolvimento da Avaliação e Estrutura analítica: Letramento, Matemática e Ciências, em tradução livre) é uma iniciativa que começou em 2014 visando apoiar a formulação de políticas baseadas em evidências em todo o mundo e oferecer ferramentas universais para monitorar o progresso em direção ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da Educação.

Se quiser ter acesso ao primeiro documento clique aqui. O segundo relatório está disponível aqui

Até o próximo post...

Por que é tão importante valorizarmos a Biodiversidade?

O Brasil é um dos países com maior taxa de diversidade biológica do mundo. Devido a sua grande extensão territorial aliada ao formato e localização do seu território, situado entre os trópicos e sendo cortado pela linha do Equador, nosso país detêm número de espécies muito grande.

Temos cerca de 20% das espécies do mundo. Somos líderes ou estamos entre os primeiros em biodiversidade de plantas, peixes de água doce, anfíbios, répteis, aves e primatas. Temos muitas áreas sem estudos mais amplos, o que poderia nos alçar a posições em relação a outros grupos de seres vivos.

A ameaça da biodiversidade tem um custo muito alto. Desperdiçamos um potencial uso de espécies que podem ser usadas na alimentação ou na produção de substâncias que podem atuar no tratamento ou na prevenção de muitas doenças. Recentemente uma jovem pesquisadora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), Ana Carolina Medeiros recebeu um prêmio no Congresso da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento por ter descoberto o poder analgésico de uma substância extraída da Hemolinfa (que corresponde ao sangue) de uma espécie de Aranha Caranguejeira (Acanthoscurria gomesiana).

A substância é a Migalina, descoberta pelo pesquisador do Instituto Butantan, Pedro Ismael da Silva Júnior. A Migalina, além de atuar no sistema imune da aranha, atua também como analgésico

A biodiversidade brasileira precisa ser conservada. Quantas espécies, potencialmente dotadas de substâncias com potencial farmacológico podem estar, neste momento, sendo eliminadas?

Até o próximo post...

Planta comum no Piauí tem proteína que combate o Câncer

Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) revelou um potencial de uma proteína chamada EcTI.

A EcTI é uma proteína que atua na inibição da Tripsina e é extraída das sementes do Tamboril, uma árvore muito comum nos ambientes de floresta semidecidual como os que ocorrem aqui no Piauí, no Maranhão e no Pará. A planta está presente em muitas áreas de preservação de Teresina, como parques e praças.

Conhecida cientificamente como Enterolobium contortisiliquum, o Tamboril pertence à família das Fabaceae, sendo considerada uma árvore de grande porte.

Apresenta como fruto um síliqua que lembra uma orelha, por isso também é chamada, popularmente, de orelha-de-macaco.

A Dra. Maria Luiza Vilela Oliva, líder da pesquisa, apresentou no início deste mês na Bélgica os resultados promissores da EcTI especialmente contra o Câncer de Mama Triplo Negativo e também contra tumores cancerosos no Estômago e na pele (Melanoma). Este tipo de câncer de mama é um dos mais violentos, especialmente no que se refere à possibilidade de determinar a ocorrência de metástases. Tem como características apresentar-se negativo aos três principais tipos de biomarcadores usados no diagnóstico do câncer de mama (receptor de estrógeno, receptor de progesterona e proteína HER-2). A proteína descoberta (EcTI) tem a propriedade de impedir exatamente a metástase.

Além da atividade antitumoral descoberta, a proteína atua ainda como anti-inflamatória, antimicrobiana e antitrombótica, tendo seu uso sido patenteado contra trombose arterial e venosa. A natureza tem seus encantos. Precisamos apenas saber descobri-los e tirar proveito para nossas vidas.

 

Prêmio Nobel de Física - 2018: uma cientista entre os ganhadores

O mundo da ciência tem se mostrado um tanto quanto machista. Desde que foi criado, em 1901, o Prêmio Nobel de Física só tinha reconhecido duas mulheres: Marie Curie (1903) e Maria Goeppert-Mayer (1963). Este ano a física canadense Donna Strickland dividiu o prêmio com mais dois cientistas: Arthus Ashkin (EUA) e Gérard Mourou (França).

Strickland e Mourou inventaram a técnica chamada de Dispersão Temporal de Impulsos, que trabalha com o laser curtos e de alta intensidade. Ashkin também trabalha com laser, mas seu trabalho foi a criação de pinças ópticas, de grande importância para o estudo de microrganismos. O comitê da Real Academia de Ciências de Estocolmo considerou de grande relevância estes dois estudos voltados para o desenvolvimento de “ferramentas de luz” com várias aplicações em diferentes áreas do conhecimento.

Além da honraria, os pesquisadores dividem um cheque de 871 mil euros.

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