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Flagrante da vida real: macaquinhos usando ferramentas

Durante muito tempo a ciência só dava crédito ao ser humano como usuário de ferramentas para o desenvolvimento de suas atividades.

Há muito já se conhece a habilidade de determinados animais no uso de objetos adaptados como ferramentas: são aves que usam gravetos para espetar larvas e insetos, pássaros que tecem seus ninhos como se cosessem um tecido e tantos outros exemplos. Mas durante muito tempo a atribuição ao uso de ferramentas por primatas era absolutamente restrita aos seres humanos.

Em 2007 uma imagem captada pelo fotógrafo André Pessoa ganhou o mundo: um macaco-prego (Cebus libidinosus) usando uma pedra para quebrar amêndoas ou frutos, em algum lugar no município de Gilbués (PI). A imagem chamou a atenção de cientistas como a italiana Elisabetta Visalberghi e o brasileiro Eduardo Ottoni que publicaram artigos científicos sobre o flagrante uso de ferramentas nestes macaquinhos no periódico American Journal of Physical Antropology.

Mesmo depois de ter lido isso há mais de 10 anos fiquei surpreso com um flagrante que fiz, pessoalmente, em macaquinhos desta espécie aqui, no nosso Parque Zoobotânico. Sem nenhuma pretensão de deixar de ser botânico para ser etólogo (biólogos que estudam o comportamento animal) saquei o smartphone e fiz o flagrante. Acompanhe:

Acho que é o prêmio do dia na vida de um biólogo: flagrar coisas interessantes na natureza!

Até a próxima...

 

Ciência Viva faz aniversário!!!

Há um ano atrás eu inaugurava um novo meio de se falar sobre Ciência, Tecnologia, Educação e Meio Ambiente: em 14 de julho estreávamos com a primeira publicação no Blog Ciência Viva no Portal Cidade Verde.

Sempre gostei muito de conversar e escrever. Casado com uma jornalista e professor há mais de trinta anos, a ideia de escrever semanalmente sobre temas científicos me pareceu um dos grandes e inexoráveis desafios. Fiz desta tarefa mais uma nas minhas dezenas de atribuições.

O desenvolvimento de qualquer atividade passa, sobretudo, pelo apoio que se tem. E neste particular fui um privilegiado. Minha rede de contatos no meio científico me permitiu a obtenção de vários “furos” jornalísticos, sempre apoiados pelo Portal Cidade Verde, capitaneado pela jornalista Yala Sena e pelas jornalistas Jordana Cury e Caroline Oliveira, principalmente.

A ideia de divulgar para o público leitor do Blog sobre as pesquisas que se desenvolvem aqui no nosso Estado e de trazer para o cidadão comum o que se produz em termos de ciência nas diferentes partes do mundo, animaram minhas leituras avulsas de periódicos científicos como a Nature e a Science, dois veículos constantemente citados na coluna, além de periódicos nacionais que trazem temas relacionados às pesquisas em universidades brasileiras como a Pesquisa FAPESP e boletins diários ou semanais de grandes universidades e instituições de pesquisa.

O maior compromisso que tenho, no entanto, é com um grupo já considerável de leitores. Alunos, ex-alunos, colegas professores, amigos, parentes, enfim, já tem muita gente lendo o Ciência Viva. Alguns posts atingiram cifras consideráveis, ultrapassando 4 mil visualizações! O que é considerado muito bom para uma página que divulga material científico. O número de leitores já supera o número de dedos que tenho nas mãos!!!

O mais interessante disso tudo é saber que os textos do Ciência Viva já foram utilizados, inclusive, em materiais didáticos de escolas. Dia destes um colega me mandou por uma rede social a foto de uma prova de uma escola da zona norte de Teresina que usou a parte de um texto publicado em uma questão. É a prova cabal de que o que estamos fazendo está sendo útil. Outro dia uma colega professora universitária no Maranhão me disse que uns colegas discutiam um tema da área de Física com o texto impresso do Ciência Viva nas mãos. Isto para mim é o mais importante.

Seguimos com esta ideia de continuar informando a todos. O Ciência Viva continua sendo atualizado semanalmente, agora às quartas e domingos.

Um grande abraço e os meus sinceros agradecimentos aos leitores do Blog.

Vamos em frente e até o próximo post...

BNCC do Ensino Médio

A Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio está em fase de coleta de opiniões advindas de audiências públicas. Assim como aconteceu com a BNCC do Ensino Fundamental, foram estabelecidas audiências públicas nas cinco regiões do Brasil. Mas a situação agora está um pouquinho diferente da anterior.

Nas discussões anteriores que geraram o documento homologado pelo Ministro da Educação, pouca polêmica ocorreu e as audiências foram de certo modo esvaziadas. Na discussão da BNCC do Ensino Médio há a participação dos estudantes e suas entidades representativas, e muitos especialistas confrontam a ideia da Base comparando-a com os termos da Lei que aprovou a reforma do Ensino Médio (já até escrevemos sobre este tema. Veja: https://cidadeverde.com/cienciaviva/86223/reforma-do-ensino-medio). Pelo que li, há um descompasso entre as duas propostas que devem atuar de modo coordenado.

Para completar a celeuma, o Coordenador da BNCC, Prof. César Callegari deixou a função e fez severas críticas a este descompasso existente entre os moldes da BNCC e a reforma do Ensino Médio. Na minha opinião, já existia um grande problema com a Reforma do Ensino Médio que está prestes a deixar um número considerável de estudantes de fora de muita coisa (sem acesso a muito conhecimento e oportunidades). Com o descompasso em relação à Base, será muito difícil que estudantes de escolas públicas, especialmente de cidades pequenas, possam ter acesso a um processo de formação mais amplo, precarizando ainda mais o ensino público brasileiro.

Vamos observar as próximas movimentações sobre o tema. Na minha opinião, para fugir do fulcro ideológico atribuído à reforma e ao estabelecimento da Base, o correto seria entregar as discussões de volta para o Ministério da Educação e retomá-las apenas após a eleição de um novo Presidente da República, dando legitimidade às discussões. Entretanto, neste sentido, corre-se um risco muito grande, dependendo da alma que for eleita.

É aquela história: se correr o bicho pega e se ficar o destroço é feio...

Até o próximo post...

Dia Nacional da Ciência: motivos para comemorar?

Aqui no Brasil, desde 2001, 08 de julho é o Dia Nacional da Ciência e desde 2008, 08 de julho, também é o Dia Nacional do Pesquisador. Duas leis federais estabeleceram estas datas.

Não conheço muito bem a circunstância motivadora do estabelecimento da data comemorativa, mas possivelmente estejam relacionadas ao aniversário da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), fundada em 08 de julho de 1948, que completa hoje seus 70 anos.

Talvez os leitores do Ciência Viva tenham observado o tom melancólico deste texto. Mas será que existem motivos para comemorar?

Os investimentos em Ciência e Tecnologia no país talvez, proporcionalmente, sejam os menores de todos os tempos. As pesquisas em andamento, muitas vezes estão absolutamente comprometidas pela falta iminente de recursos, pois todas as vezes que a “tesoura orçamentária” vem pega, em primeiro lugar, os parcos recursos destinados para Ciência. E assim caminha nosso segmento: trôpego...

A curto prazo não vejo nenhuma “Porta da Esperança” aberta. A SBPC tem encampado uma luta de pelo menos espernear para que se consiga sensibilizar as autoridades do País. Existem pequenas ilhas de benfeitorias em alguns estados. Mas, a grosso modo, boa parte dos nossos investimentos em Ciência são meio a meio entre as iniciativas públicas e privadas. Se reduz a iniciativa pública a iniciativa privada também se reduz: é consequência imediata.

Seria de muito bom tom que pudéssemos lutar por uma renovação política do Brasil. Que tal começarmos observando o que dizem os planos de Governo dos candidatos em relação ao desenvolvimento científico?

Feliz Dia Nacional da Ciência! Feliz Dia do Pesquisador!

 

Mais uma propriedade da Aspirina em favor da saúde

Todo mundo já conhece as propriedades do Ácido Acetil-Salicílico. Conhecido pelos nomes comerciais como AAS ou Aspirina (dependendo do laboratório), há décadas é usado como um eficiente analgésico,

Além das funções para as quais fora criado, o AAS já vem sendo usado há muito tempo pelos pacientes com predisposição a problemas cardíacos. O medicamento retarda o processo de formação de coágulos, o que popularmente é conhecido como a capacidade de “afinar o sangue”. Por esta propriedade, o medicamento é totalmente contraindicado no caso de suspeita de Dengue, pois favorece a ocorrência de hemorragias.

A novidade agora foi a descoberta de que o uso do medicamento em pequenas doses pode ser importante no combate ao mal de Alzheimer. De acordo com pesquisadores da Universidade de Rush, em Chicago (EUA), o progresso do Alzheimer deve-se à formação de placas de uma proteína tóxica beta amiloide, especialmente na região cerebral do Hipocampo. O estudo feito em cobaias revelou que as doses de AAS estimulam a ação de lisossomos nas células, levando à degradação das placas.

O estudo foi publicado dia 02 de julho no Journal of Neuroscience.

 

Como se descobre uma nova espécie?

Como professor de biologia sempre ouvi perguntas sobre descobertas de novos seres vivos. O processo é bastante complexo e depende de um esforço muito grande de muitos pesquisadores, muito embora a colheita de frutos seja um processo bem mais restrito. Mas partindo da curiosidade infanto-juvenil: Professor como uma nova espécie é descoberta?

Quem trabalha com a pesquisa de biodiversidade vive embrenhado no meio do mato ou mergulhando no fundo do mar, buscando fazer coletas de animais, plantas, algas ou fungos (e agora graças ao Governo Brasileiro, correndo o risco de pagar multas pesadíssimas – já discutimos este tema aqui no Ciência Viva. Veja: https://cidadeverde.com/cienciaviva/91711/como-destruir-a-pesquisa-em-biodiversidade-de-um-so-golpe ). A coleta é necessária. Muitas vezes este material fica acondicionado em museus, laboratórios, herbários formando coleções às vezes preservadas por muitos anos. É este material que vai virar fonte de pesquisa para descoberta de uma nova espécie.

Os estudos de graduação ou pós-graduação nas áreas afins da biodiversidade (zoologia, botânica, ficologia, micologia, microbiologia etc.) trabalham com esta matéria-prima (organismos coletados). À medida que o estudioso avança no detalhamento do organismo, observando detalhes da sua forma (morfologia), organização interna em nível celular (anatomia), especificidades de substâncias químicas que o compõe, observação de material genético, aliados a informações sobre o ambiente em que vive, entre outros, vai gerando um conjunto de características personificadas. Quando esta caracterização está completa, ou se completando, o pesquisador passa a poder comparar com estudos feitos em organismos mais próximos. Aí começa a colheita de frutos.

Organismos identificados anteriormente, cujas informações já estejam devidamente publicadas, permitem ao novo pesquisador observar as semelhanças e dessemelhanças, até que se consiga configurar se aquele organismo estudado recentemente é similar ao já estudado ou reúne tantas diferenças ao ponto que se possa caracterizar como uma nova espécie. Com estes dados busca-se dar publicidade o máximo possível, a partir de uma descrição mínima e um novo batismo (Nome Científico).

A descoberta é passiva de discussão, especialmente no meio acadêmico, onde circulam aquelas informações. Cansou para entender como se descobre uma nova espécie? Pois é. Não é fácil mesmo!

Até o próximo post...

Ciência Viva Ensina: Você sabe por que o céu é azul?

 

Quando a luz do sol entra na atmosfera da Terra, atinge todos os tipos de moléculas (principalmente de nitrogênio e oxigênio, os gases mais abundantes de sua composição) no seu caminho e vai quicando como uma bola de fliperama. Isso é chamado de dispersão, o que significa que, em um dia claro, se você olhar para qualquer parte do céu, a luz que vê esteve se dispersando pela atmosfera antes de chegar a seus olhos.

Se toda a luz fosse dispersada igualmente, o céu seria branco. Mas não acontece assim. A razão é que os comprimentos de ondas (a luz é emitida como uma onda que pode ser medida em comprimento) mais curtos de luz têm maior probabilidade de se dispersarem do que os mais longos, o que significa que os azuis se dispersam no céu mais do que os vermelhos e amarelos. Então, ao invés de vermos um céu branco quando olhamos para cima, vemos o azul.

(Extraído do livro De que são feitas as coisas, de Mark Miodownik)

Toxoplasma, gatos, ratos e pessoas

Criar animais domésticos ou domesticados é um hábito completamente sadio. O sentido de cuidar e de ter a companhia de cães e gatos parece tornar a vida de alguns bem melhor do que a solidão ou até mesmo a convivência com outras pessoas.

O que por vezes é muito estranho é o hábito compulsivo de adotar vários animais ao mesmo tempo, passando de um criador de animais a um acumulador, inclusive interferindo negativamente na qualidade de vida dada aos animais criados. A compulsividade leva pessoas a criar até centenas de animais, mudando completamente o sentido de sua vida.

Foi o que aconteceu com o casal Jack e Donna Wright. Eles entraram no Guinness Book como os maiores criadores de gatos do mundo, chegando a ter mais de 700 gatos em casa. A disponibilidade do casal em trocar sua vida normal por uma criação exagerada de gatos chamou a atenção de pesquisadores, assim como outro fato inusitado: ratos, contaminados com o agente infeccioso Toxoplasma gondii tornam-se extremamente impetuosos. Simplesmente perdem o medo dos seus predadores mais conhecidos: os gatos!

Mas o que o casal Wright tem em comum com ratos doentes de toxoplasmose? Cientistas descobriram que T. gondii, antes parasita exclusivo dos felinos contamina humanos pela alimentação ou pela pele. Por vezes, ele se instala em pequenos cistos na região da amígdala cerebral. Dentre os 8 mil genes, o T. gondii apresenta dois genes responsáveis pela produção da dopamina. A dopamina é um neurotransmissor responsável pelo sistema de compensação do corpo. Quando sentimos muito prazer, seja porque ingerimos um alimento saboroso ou porque estamos em relação sexual, é sinal de que a Dopamina está agindo sobre nosso corpo. O T. gondii estimula a produção de Dopamina no cérebro de humanos contaminados.

Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Berkeley com ratos chegou a conclusões mais intrigantes: ratos contaminados com T. gondii mudaram completamente seu comportamento diante dos gatos. Passaram a ter um comportamento impetuoso, levando os cientistas a concluir que este discernimento estaria associado a um comportamento de zumbi, imposto pela infecção de toxoplasmose.

Ainda há muito o que se entender sobre alguns mistérios da natureza. Este comportamento em humanos e ratos contaminados com T.gondii nos leva a imaginar o quanto um simples microorganismo também utiliza de estratégias para sobreviver. Ao estimular humanos a sentir prazer com a criação de gatos, estimula à proliferação pelo aumento de hospedeiros definitivos. Ao estimular a coragem em ratos, aumenta a possibilidade de facilitar a vida dos gatos, que passam a se alimentar melhor.

Ainda existem muitas coisas a serem entendidas na natureza.

 

Zika: os prejuízos ecoam por toda a vida

Pesquisa recente publicada pela equipe da pesquisadora brasileira Julia Clarke (UFRJ) na Revista Science Translational Medicine constatou que o Zika vírus vai muito além do que se pensava. Os pesquisadores inocularam amostras dos vírus em fases embrionárias das cobaias e notaram que as mesmas apresentaram distúrbios nas fases adolescente e adulta. No período de nove a 12 dias após terem sido infectados com o vírus as cobaias passaram a ter convulsões, desenvolvendo um quadro de microcefalia pós-natal e um quadro de epilepsia na idade adulta.

Outra descoberta importante foi a que diz respeito à presença de trechos de RNA do vírus em células cerebrais das cobaias, confirmando que o processo de proliferação do vírus não se resume apenas ao período de proliferação na fase em que as cobaias são apenas embriões. Além disso foi possível constatar a presença de Fator de Necrose Tumoral (TNF-a), responsável pela degradação de neurônios.

Em outra pesquisa, também publicada na mesma revista, pesquisadores do Estados Unidos apontaram os efeitos do zika vírus em macacos jovens. Os macacos apresentaram problemas no sistema límbico, sofrendo inflamação e morte celular.

Os resultados das duas pesquisas levantam a possibilidade de que bebês infectados pelo vírus durante o surto da doença entre setembro de 2015 e dezembro de 2016 poderiam vir a desenvolver sintomas na vida adulta. Apesar das conclusões estarem baseadas em animais, alguns pesquisadores acreditam que o Zika continue prejudicando os contaminados na idade adulta

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou aproximadamente 1,6 milhão de casos de infecções por zika entre setembro de 2015 e novembro de 2016. Desse total, mais de 41 mil eram mulheres grávidas. Até o início de 2017, aproximadamente 2,7 mil casos de problemas de malformação do feto foram registrados, 69% deles no Nordeste, região mais afetada.

Descobertas moléculas orgânicas no solo de Marte

Na semana passada a revista Science publicou um artigo em que anunciou a descoberta de matéria orgânica no solo de Marte. A sonda Curiosity da NASA analisou amostras de solo demonstrando a presença de moléculas à base de Carbono – base molecular importantíssima para a vida na Terra.

Desde que pousou em 2012 no solo marciano, a sonda Curiosity faz incursões e coletas de amostras. As primeiras detecções foram consideradas muito fracas pelos cientistas, supondo-se inclusive que poderiam se contaminações, advindas da Terra.

Sonda Curiosity

A Curiosity agora se deparou com moléculas orgânicas similares às que são encontradas no gás e óleo típicas da matéria orgânica que forma o petróleo na Terra. A extração foi feita em dois locais diferentes no antigo leito do que teria sido um lago. Desta vez foram encontradas amostras orgânicas em um volume 100 vezes maior do que a anterior.

Apesar da descoberta dos materiais orgânicos não significa que o mesmo tenha sido originado de um ser vivo, mas sua simples descoberta já evidencia a capacidade da molécula em se preservar a uma pequena profundidade de uma superfície completamente inóspita, por pelo menos três bilhões de anos (a datação estimada para a amostra do solo).

Os cientistas usaram uma broca robótica que extraiu a amostra alguns centímetros abaixo do solo. A amostra foi aquecida a uma temperatura entre 600°C e 860°C. Um espectrômetro de massa analisou a fumaça resultante do aquecimento percebendo moléculas de carbono na forma de pequenas cadeias alifáticas (abertas) e anéis aromáticos (cadeias fechadas). Quimicamente as moléculas se mostraram semelhantes ao querogênio, a parte insolúvel de uma molécula orgânica que se produz por intempéries pedológicas.

As moléculas encontradas podem ser tanto derivadas de organismos que viveram no passado de Marte, quanto oriundos de meteoros que, em geral, também são ricos neste tipo de molécula.

O próximo passo é enviar missões a Marte que consigam retornar para Terra trazendo estas amostras, para que possam ser examinadas nos laboratórios terráqueos. Análises mais detalhadas podem evidenciar a origem destas moléculas.

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