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Semar recolhe 100kg de óleo no litoral e descarta interdição das praias no Piauí

Foto: Ascom Semar

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) garante que não haverá interdição de praias do Piauí por conta do aparecimento de manchas de óleo na costa do Nordeste. Os últimos registros são do final do mês de setembro quando cerca de 100 kg de materiais contaminados com o óleo foram recolhidos das praias, segundo informações da própria Semar. 

“Até agora, pelos registros que foram encontrados, não há nenhum indicativo de interdição, mas o monitoramento continua. As manchas que apareceram no Piauí eram pequenas e do dia 30 de setembro para cá não encontramos mais nada. Ainda assim estamos nos preparando para caso novas manchas surjam. A população pode ficar tranquila quanto a segurança das praias”, assegurou a secretária Sádia Castro.

De acordo com a Semar, o mês de outubro ainda não registrou novas manchas de óleo. A orientação é que, caso algum foco seja identificado, a informação seja repassada imediatamente para a Capitania dos Portos ou demais órgãos públicos.

“Os registros que nós temos são os registros do mês passado ainda, felizmente foram encontrados registros dia 27, 28 e 30 de setembro. De lá até aqui não foi mais encontrado nenhum novo registro mas o monitoramento continua”, explicou a secretária de Meio Ambiente.

O órgão também informou que serão utilizados drones para o monitoramento aéreo da costa e identificação de possíveis novas manchas. Auditores fiscais de Teresina também foram destacados para o escritório da Semar em Parnaíba para reforçar o monitoramento.


Mancha de óleo encontrada em praia de Luis Correia. Foto: Tartarugas do Delta

A auditora fiscal ambiental Waneska Vasconcelos, explicou que o monitoramento começou em outubro e já percorreu todas as praias de alguns municípios como Cajueiro da Praia. “Caso encontre algum registro de mancha a gente fazer o georreferenciamento e a coleta desse material”.

Nesta segunda-feira (14), a Semar se reuniu para tratar sobre o assunto com o ICMBio, Ibama e Capitania dos Portos somadas a secretarias municipais de Meio Ambiente das cidades do litoral. A secretaria do estado deverá ser a porta-voz sobre o assunto. “O objetivo é que todos os órgãos falem a mesma língua

Manchas no Piauí

Das 16 praias do litoral do Piauí, seis foram atingidas pelas manchas de óleo que estão poluindo a costa da região Nordeste. Os dados são da Marinha. Os últimos registros aconteceram no dia 30 de setembro nas praias de Atalaia, Peito de Moça e Coqueiro - ambas em Luís Correia - e Pedra do Sal em Parnaíba. O primeiro caso foi registrado no dia 28 de setembro na praia do Arrombado, e no dia seguinte em Cajueiro.

O ministro Ricardo Salles afirmou que mais de 100 toneladas de borra de petróleo já foram recolhidas nas praias do Nordeste. A região sofre com manchas de óleo, ainda de origem desconhecida, que vem afetando as praias desde o começo de setembro.

.Foto: Adema/Governo de Sergipe

Sergipe é um dos estados mais atingidos pelo óleo.

Valmir Macêdo
[email protected]

Quase metade das praias do Piauí já foram atingidas por manchas de óleo

Fotos: Instituto Tartarugas do Delta

Das 16 praias do litoral do Piauí, seis já foram atingidas pelas manchas de óleo que estão poluindo a costa da região Nordeste. Os dados são da Marinha. Os últimos registros aconteceran no dia 30 de setembro nas praias de Atalaia, Peito de Moça e Coqueiro - ambas em Luís Correia - e Pedra do Sal em Parnaíba. O primeiro caso foi registrado no dia 28 de setembro na praia do Arrombado, e no dia seguinte em Cajueiro.

"A última praia atingida foi dia 30 de setembro, de lá pra cá não observamos mais praias atingidas", disse o comandante Dante Duarte, da Capitania dos Portos do Piauí.

O dado da Marinha inclui 4 praias a mais do que o boletim divulgado pelo Ibama diariamente. Segundo o órgão, as manchas só chegaram a dois locais em Luis Correia.

O comandante disse ainda que a limpeza das praias ficou a cargo do Ibama e das prefeituras. No Piauí, não há registros de animais mortos.

Nesta quarta-feira (9), durante audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que o óleo “muito provavelmente" vem da Venezuela. 

"Esse petróleo que está vindo, muito provavelmente da Venezuela, como disse o estudo da Petrobras, é um petróleo que veio por um navio estrangeiro, ao que tudo indica, navegando próximo à costa brasileira, com derramamento acidental ou não, e que nós estamos tendo enorme dificuldade de conter”, disse.

O resultado conclusivo das amostras, solicitadas pelo IBAMA e pela Capitania dos Portos, e cuja análise foi feita pela Marinha e pela Petrobras, apontou que a substância encontrada nos litorais trata-se de petróleo cru, ou seja, não se origina de nenhum derivado de óleo.
 
Investigação do Ibama com apoio dos Bombeiros do DF aponta que o petróleo que está poluindo todas as praias seja o mesmo. Contudo, a sua origem ainda não foi identificada. Em análise feita pela Petrobras, a empresa informou que o óleo encontrado não é produzido pelo Brasil. O Ibama requisitou apoio da Petrobras para atuar na limpeza de praias.

Hérlon Moraes (Com informações da Agência Brasil)
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Vazamento de petróleo veio de navio estrangeiro, indica Ricardo Salles

Foto; Roqué de Sá/Agência Senado

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, declarou que a origem do vazamento de petróleo em todo o litoral do Nordeste seria um "navio estrangeiro". Salles não citou, porém, nenhum outro detalhe sobre o assunto. O ministro participa de uma audiência pública na Câmara para debater o desmatamento na região amazônica. "Esse óleo veio de um navio estrangeiro, ao que tudo indica", disse Salles.

Na tarde desta terça-feira, 8, o Broadcast/Estadão revelou que investigações sigilosas realizadas pela Marinha e Petrobras encontraram petróleo com a mesma "assinatura" do óleo da Venezuela em manchas que se espalham pelo mar na região Nordeste

O poluente já foi identificado em mais de 138 pontos no litoral dos nove Estados da região. Segundo uma fonte do governo ouvida pelo Broadcast/Estadão, trata-se do mesmo tipo de óleo extraído da Venezuela. A conclusão já foi comunicada ao Ibama, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente.

Não é possível dizer que todo o vazamento que atinge as praias do Nordeste tem a mesma origem, mas análises já realizadas em algumas manchas concluíram, com certeza, que se trata de material de origem venezuelana.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Bolsonaro: petróleo encontrado nas praias pode ter sido despejado "criminosamente"

O presidente Jair Bolsonaro disse à Agência Brasil, nesta terça (8), que as manchas de petróleo que atingem o litoral do Nordeste podem ter sido despejadas “criminosamente". As manchas, que são um tipo de petróleo cru (que não se origina de nenhum derivado de óleo), começou a ser localizado no mês de setembro e atingiu o litoral de todos os estados do Nordeste.

“É um volume que não está sendo constante. Se fosse de um navio que tivesse afundado estaria saindo ainda óleo. Parece que criminosamente algo foi despejado lá”, disse Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada, após reunião com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

No Piauí, o comandante Dante Duarte, da Capitania dos Portos, informou ao Cidadeverde.com que as primeiras manchas de óleo no Piauí foram identificadas na Praia do Arrombado no dia 27 de setembro. E, um dia após essa data, manchas já foram localizadas na Praia da Lama em Cajueiro da Praia. No dia 30 de setembro, o material foi recolhido nas praias Peito de Moça, Atalaia, Pedra do Sal e Coqueiro.

Nesta terça (08), o comandante reforçou que não houve alteração quanto a localização do material, permanecendo o número de  seis praias piauienses afetadas com a substância. 

As manchas seguem se movimentando pela costa brasileira. De acordo com Bolsonaro - em entrevista à Agência Brasil - a densidade da substância é “um pouquinho maior” que a água salgada, por isso, quando no mar, fica submersa.

O ministro Ricardo Salles também prestou esclarecimentosexplicou que o movimento do óleo tem sido de ida e volta do mar para a costa. “Nosso papel é agir rápido para retirar aquilo que está em solo”, disse o ministro. Mais de 100 toneladas de borra de petróleo já foram recolhidas, de acordo com o ministro. 

Ontem (7), após reunião de emergência sobre o assunto no Ministério da Defesa, o presidente Bolsonaro destacou que o óleo não é produzido e nem comercializado no Brasil e que há uma suspeita sobre o seu país de origem. Hoje, perguntado novamente, ele voltou a dizer que essa é uma informação reservada. “Eu não posso acusar um país e vai que não é aquele vai, eu não quero criar um problema com outros países”, disse.

Inquéritos 

A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar a origem da substância. A contaminação também está sendo  monitorada por órgãos de fiscalização, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além da Capitania dos Portos com assistência do Corpo de Bombeiros. 

Bolsonaro também determinou, por meio de decreto, publicado no último sábado (5), uma investigação sobre as causas e a responsabilidade sobre o derramamento do óleo. 

A Marinha instaurou um inquérito administrativo para apurar as causas e responsabilidades do desastre

 

Carlienne Carpaso (com informações da Agência Brasil) 
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Após PF, Marinha instaura inquérito para apurar manchas de óleo

Foto: Instituto Tartarugas do Delta

A Marinha instaurou um inquérito administrativo para apurar as causas e responsabilidades do desastre ambiental envolvendo o aparecimento de manchas de óleo no litoral nordestino. Oito estados foram atingidos pelo material, compatível com petróleo cru. No Piauí, uma área de 25km foi atingida. 

Segundo a Marinha, estão sendo identificados e notificados navios-tanque que trafegaram próximo às regiões atingidas com as manchas, em período que antecede o acidente, para fins de esclarecimentos sobre supostos vazamentos de óleo. 

“Equipes de inspeção naval continuam monitorando o litoral nordestino e estão auxiliando na limpeza das praias”, disse a Marinha em nota.

Além da Marinha, a Polícia Federal também instaurou inquérito para apurar a origem da "substância de aspecto oleoso" que apareceu em diversas praias nordestinas.

O comandante Dante Duarte, da Capitania dos Portos, informou ao Cidadeverde.com que as primeiras manchas de óleo no Piauí foram identificadas na Praia do Arrombado no dia 27 de setembro. E, um dia após essa data, manchas já foram localizadas na Praia da Lama em Cajueiro da Praia. No dia 30 de setembro, o material foi recolhido nas praias Peito de Moça, Atalaia, Pedra do Sal e Coqueiro. 

Veja nota da Marinha

Sobre o aparecimento de manchas negras, compatíveis com petróleo cru, nas praias do Nordeste, a Marinha do Brasil informa, por meio do Centro de Comunicação Social da Marinha, que instaurou um Inquérito Administrativo para a apuração das causas e responsabilidades do acidente.

Dentre as ações em curso, estão sendo identificados e notificados navios-tanque que trafegaram próximo às regiões atingidas com as manchas, em período que antecede o acidente, para fins de esclarecimentos sobre supostos vazamentos de óleo.

Equipes de inspeção naval continuam monitorando o litoral nordestino e estão auxiliando na limpeza das praias.

 

Hérlon Moraes
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PF entra no caso sobre as manchas de óleo, mas praias estão livres para uso

Foto: Instituto Tartarugas do Delta

A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar a origem da "substância de aspecto oleoso" que apareceu em diversas praias nordestinas, inclusive no Piauí, desde o mês de setembro. A investigação busca identificar possível crime ambiental no nordeste brasileiro. 

"A ação foi tomada tão logo surgiram as primeiras informações, na imprensa nacional, sobre o fato; bem como sobre a possibilidade da ocorrência de eventual dano ambiental de grandes proporções na região", informou a PF em nota, ressaltando que as "investigações estão concentradas na Superintendência Regional da PF no Rio Grande do Norte". 

O comandante Dante Duarte, da Capitania dos Portos, informou ao Cidadeverde.com que as primeiras manchas de óleo no Piauí foram identificadas na Praia do Arrombado no dia 27 de setembro. E, um dia após essa data, manchas já foram localizadas na Praia da Lama em Cajueiro da Praia. No dia 30 de setembro, o material foi recolhido nas praias Peito de Moça, Atalaia, Pedra do Sal e Coqueiro. 

"Foram seis os locais (até agora) que apareceram manchas de óleo. O procedimento padrão é enviar equipes de inspeção naval e de peritos para fazer o registro fotográfico e analise dos danos, além de recolher as amostras para que sejam enviadas  ao  Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira".

"Nós estamos acompanhando esse caso com bastante atenção, concentrando todos os esforços para descobrir a origem desse óleo, que ainda é desconhecida. Nas análises preliminares demonstraram que é um derivado de petróleo cru", disse o capitão.

Praias livres para uso

O novo superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no Piauí, San Martin Linhares, declarou nesta quinta (03) que mesmo com a presença do material relacionado ao petróleo cru no litoral piauiense, as praias estão liberadas para uso humano porque, até o momento, não há nenhuma restrição para que as pessoas evitem o local. 

"(Esse material) não é grave e tamanho suficientes para que possamos fazer esse tipo de recomendação. As praias estão em perfeito estado. São manchas pontuais e específicas em apenas algumas praias. Então, as praias do Piauí continuam bonitas, naturais e saudáveis como sempre foram".

"O Ibama está investigando o caso e recolhendo todo o material que está aparecendo nas praias do litoral piauiense. O alerta continua para que os órgãos fiscalizadores e de proteção ambiental possam minimizar os riscos da poluição marítima", relatou o superintendente. 



O recolhimento e a investigação sobre a origem do material também acontecem em parceria com o Corpo de Bombeiros e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 

"Estamos recolhendo e enviando para o Ibama Nacional, pois eles possuem laboratórios e profissionais experientes e capazes para diagnosticar  a origem desse material e de onde ele veio. Não apenas o estado do Piauí, mas o Nordeste inteiro está recebendo esse tipo de material", disse Linhares. 

Linhares ressaltou que o Ibama também está trabalhando com a prevenção. "Antes que chegue algo que afete muito mais as nossas praias e o nosso bioma, estamos trabalhando para que - caso chegue em uma situação de maior dificuldade -  o Ibama esteja pronto e habito para atuar na preservação, especialmente dos peixes e animais marinhos".



 

Carlienne Carpaso
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Imagem de satélite ajudará a desvendar origem de mancha de óleo no litoral do PI

Foto: Instituto Tartarugas do Delta

Uma imagem de satélite que registra suposto navio na costa pernambucana no início deste mês pode ajudar a desvendar a origem da mancha de óleo que atingiu pelo menos 109 locais de 50 municípios em oito estados nordestinos nos últimos 25 dias, incluindo o Piauí.

O grupo que analisa o caso, composto por órgãos ambientais estaduais e federais e pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), identificou um ponto em alto mar com uma mancha ao lado. Ainda não há resultado conclusivo. A grande dificuldade é a qualidade da imagem, que foi aproximada para se analisar ponto a ponto.

Os primeiros materiais começaram a aparecer nas praias nordestinas no dia 2 de setembro em oito estados: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Na região, só o estado da Bahia não foi atingido.

Eduardo Elvino, diretor de controle de fontes poluidoras da CPRH (Agência Pernambucana de Meio Ambiente) que estuda o problema desde o início em parceria com a UFPE e UFRPE, diz que as imagens são distorcidas e, por isso, a análise é bastante dificultada.

"Imagine que temos quase uma cor só. Por isso, a gente está analisando pixel a pixel (ponto a ponto). Identificamos um ponto, que seria um suposto navio, e estamos trabalhando para saber a densidade desta mancha", disse.

Elvino informou que não há, até o momento, detalhes sobre a possível embarcação. Ainda não tem como precisar a distância entre o ponto que está sendo analisado e a costa pernambucana. Ele disse também, sem especificar a quantidade, que, na imagem, aparecem vários navios que serão analisados posteriormente.

Marcus Silva, professor do departamento de oceanografia da UFPE, que também trabalha no grupo de investigação do problema, declarou que, pela quantidade de óleo descartada, é preciso análise muito detalhada para saber se o material teve origem na mesma fonte.

Ele afirma, de maneira preliminar, que existe coincidência entre o tempo de saída do óleo com o período em contato com a água e posterior chegada à areia da praia.

"Mas há um volume bastante expressivo, que só fomos percebendo com o passar do tempo. Uma lavagem de um tanque de um único navio, por exemplo, não produz essa quantidade de material", afirma.

O professor diz que, no momento, ainda não é possível cravar o que realmente aconteceu. Atesta apenas que a origem é marinha e que o sistema de ventos está distribuindo o material.

Marcus Silva declara que também investiga imagens dos mapas de vento para construir um padrão de circulação superficial capaz de espalhar um grande volume de óleo, como foi identificado.

"É um quebra-cabeça. Pego o mapa de vento e a imagem de satélite para construir esse padrão. O tempo de chegada na costa vai dar um histórico para apontar há quanto tempo isso está viajando", declara.

Ao contrário do que a CPRH informou nesta quinta-feira (26), a mancha de óleo avança aproximadamente 10 centímetros em um segundo.

Relatório do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) aponta entre as praias afetadas alguns dos destinos turísticos mais famosos do Nordeste, como Pipa e Natal (RN), Carneiros, Porto de Galinhas e Boa Viagem (PE), e João Pessoa (PB).

A análise das amostras do óleo feitas pela Petrobras e pela Marinha revelou que a substância é petróleo e não é de origem brasileira.

A fauna também foi afetada. Em quatro estados, foram encontradas mortas seis tartarugas marinhas e uma ave (Bobo-pequeno). Outras duas tartarugas foram resgatadas com vida.

De acordo com a CPRH, as manchas não seguirão, necessariamente, para a Bahia e o Sudeste. A tendência é que o óleo siga para o norte do país.

Orientação

O Ibama orienta que banhistas e pescadores não entrem em contato com o óleo e que, se identificarem o material, notifiquem a prefeitura. Caso cidadãos encontrem animais com óleo, devem acionar órgãos ambientais. Esses animais não devem ser lavados e devolvidos ao mar.

Na manhã desta quarta (25), as manchas chegaram a Sergipe. A praia de Ponta dos Mangues, no município de Pacatuba, amanheceu coberta pelo material.

A área atingida fica perto da reserva biológica de Santa Isabel, na cidade litorânea de Pirambu. Essa unidade de conservação é dos principais pontos do projeto Tamar, executado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) que atua na preservação de espécies de tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção.

A dermatologista Alessandra Romiti, coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, diz que o contato de banhistas e pescadores com o óleo pode causar irritações na pele e alergias.

"Os dois principais riscos para a pele são a reação alérgica, que pode gerar coceira e vermelhidão e a formação de acnes de oclusão, ou seja, acnes geradas pelo excesso de óleo na pele, similar a quando se passa produtos oleosos demais como os protetores solares."

Romiti destaca que se deve tomar cuidado com a região dos olhos, nariz e boca. Ela orienta que, em caso de contato com o material e eventual irritação na pele, deve-se procurar um dermatologista para o tratamento, que varia do uso de pomadas e sabonetes específicos à prescrição de remédios de ingestão oral.

Em nota, o Ibama corrobora a versão da dermatologista e acrescenta que o petróleo cru "pode conter compostos considerados cancerígenos"

 

Fonte: Folhapress

Manchas de óleo são encontradas na praia do Arrombado e Capitania dos Portos faz inspeção

Foto: Instituto Tartarugas do Delta

O Piauí passou a integrar oficialmente nesta sexta-feira (27), a lista de estados afetados pelas manchas de petróleo encontradas em várias praias do litoral nordestino. Material semelhante já havia sido detectado na Ilha dos Poldros, no Delta do Parnaíba, só que na cidade de Araioses, no Maranhão. As manchas no Piauí foram achadas na praia do Arrombado, em Luís Correia, por uma equipe do Instituto Tartarugas do Delta. 

“Hoje pela manhã durante o monitoramento de praia foram encontradas essas manchas. Ontem a gente fez o mesmo monitoramento e não estava ainda aqui. Como já foi registrado em Jericoacoara e na Ilha dos Poldros, a gente achava que em pouco tempo as manchas fossem vistas por aqui”, explicou Werlanne Magalhães, vice-presidente do Instituto Tartarugas do Delta.

Segundo ela, o trecho onde as manchas apareceram ainda é pequeno. “Não podemos dizer que como vai estar amanhã”, afirmou.

Werlanne Magalhães disse que o Ibama foi avisado imediatamente da situação. A Capitania dos Portos também foi informada das manchas e enviou uma equipe de inspeção naval para a região.

“Nós recebemos a informação do Ibama, e determinamos de imediato a equipe de inspeção naval pra que possa ser feito uma análise da área e recolhimento do material para que possa ser enviado ao Instituto Almirante Paulo Moreira, que é a organização militar na Marinha que tem expertise nessa área”, disse o comandante Dante Duarte, da Capitania dos Portos.

“Essas manchas estão aparecendo em todo o litoral nordestino, aqui era o último estado que ainda não tinha aparecido. Agora nós temos a confirmação da existência de óleo na praia do Arrombado”, ressaltou.

Em comunicado à imprensa, o Ibama disse que estudo feito pela Marinha e Petrobras apontou que a substância encontrada nos litorais trata-se de petróleo cru, ou seja, não se origina de nenhum derivado de óleo. A suspeita é que o petróleo que está poluindo todas as praias seja o mesmo. Contudo, a sua origem ainda não foi identificada. 

Em análise feita pela Petrobras, a empresa informou que o óleo encontrado não é produzido pelo Brasil. O Ibama requisitou apoio da empresa para atuar na limpeza de praias. Nos próximos dias, a empresa irá disponibilizar um contingente de cerca de 100 pessoas.

Ainda de acordo com o Ibama, até o momento não há evidências de contaminação de peixes e crustáceos. O alerta é para que banhistas e pescadores evitem contato com o material. 

O Instituto orienta que, caso alguém encontre animal com óleo, sejam acionados imediatamente os órgãos ambientais para adotar as providências necessárias. O animal não deve ser lavado nem devolvido ao mar antes da avaliação de veterinário.

Mais de 40 municípios distribuídos nos 9 estados da região nordeste do país foram afetados.

Veja nota da Marinha na íntegra:

A Marinha do Brasil por intermédio da Capitania dos Portos do Piauí (CPPI), Organização Militar subordinada ao Comando do 4º Distrito Naval participa que tomou conhecimento, às 12h, por intermédio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) do Piauí, do aparecimento de manchas de óleo nas proximidades da praia do Arrombado, município de Luís Correia, PI.

Tempestivamente foi enviada uma equipe de Inspeção Naval desta CPPI, composta de peritos que analisaram a área afetada, realizaram registro fotográfico e colheram amostras do material que serão encaminhadas para o Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira - IEAPM, localizado em Arraial do Cabo-RJ, organização Militar da Marinha do Brasil, com expertise nesta área de conhecimento. Após o resultado da análise será possível descobrir qual a origem destas manchas de óleo, que já vem aparecendo em todo o litoral nordestino.

Hérlon Moraes
[email protected]

Pai suspeito de abusar filha está foragido há seis dias

Foto: Reprodução/Polícia Civil-PI

O pai suspeito de engravidar a filha de 11 anos no município de Luís Correia permanece foragido. José Elton da Costa do Nascimento, 30 anos, está foragido desde a última quinta-feira (28), quando sua prisão foi decretada.

A polícia pede ajuda da população para localizar o suspeito. Informações podem ser passadas confidencialmente pelo número 190.

Fotos de um homem em uma bicicleta, na entrada do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), divulgadas no dia 29, seriam de José Elton. Ele teria ido visitar a filha. Após a denúncia, o Conselho Tutelar solicitou que a menina fosse impedida de ser visitada.

A menina está internada no Hospital Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, onde deu entrada no dia 12 de agosto e deu a luz após uma cesária. A mãe o bebê continuam internados. Caso a menina receba alta, o conselho adiantou que planeja o acolhimento em uma casa de apoio em Parnaíba. 

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Luís Correia, sob coordenação do delegado João José Pereira Filho, o  'JJ', que assumiu interinamente o distrito policial.

Valmir Macêdo
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Funcionário de pousada morre após colidir com picape em rodovia do litoral

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um motociclista de 24 anos, identificado como Francisco Wellington do Nascimento Silva, morreu após colidir com uma picape L200 na PI-116, em Luís Correia. O acidente ocorreu por volta das 19h desse domingo (1).

Segundo o major Danilo Palhano, da Companhia Independente de Policiamento Turístico (Ciptur), Francisco Wellington morreu no local e o motorista da picape fugiu do local. “O condutor da L200 se evadiu do local. O advogado dele ficou de apresentar ele a polícia”, informou.

O acidente interrompeu parte do fluxo da da pista por algumas horas. Francisco era funcionário de uma pousada da região, que emitiu nota lamentando a morte do colaborador.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

...LUTO...

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O corpo foi recolhido pelo Instituto de Medicina Legal (IML). As causas do acidente ainda são investigadas.

Valmir Macêdo
[email protected]

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