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Possibilidades de uso da energia solar no meio rural

Crédito: Pixabay

A energia solar, fonte que vem se consolidando desde 2012, inequivocamente encontrou nos espaços urbanos a sua principal aplicação: sistemas de geração de energia em residências, comércios e indústrias para o fim específico de compensar essa geração em relação à energia consumida por estas unidades. Mas é no meio rural que estas aplicações de uso se diversificam, pois além do padrão já adotado no meio urbano, também é possível gerar essa energia de forma isolada, ou seja, sem “injetar” na rede da concessionária a energia excedente. Sistemas como estes são conhecidos como off grids e são ideais para localidades onde não há abastecimento convencional de energia elétrica. 

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), até agosto de 2022, apenas 13,6% de toda a potência de energia solar em operação no Brasil estava no meio rural, o que parece ser um contraste quando se leva em consideração a dimensão da área rural brasileira e os benefícios advindos com a instalação deste tipo de energia. Dentre as vantagens estão: redução de gastos com energia e manutenção, disponibilidade de energia em áreas isoladas, valorização da propriedade e autonomia energética. 

Para propriedade rurais com acesso à energia elétrica por meio da concessionária as seguintes aplicações são possíveis: instalação do sistema conectado à rede com compensação entre a energia gerada e a consumida, cercas elétricas; estufas com controle de temperatura e umidade; sistemas de bombeamento tanto para irrigação quanto para tanques de peixes; sensores dispostos pela lavoura e automação de diversos equipamentos. Para propriedades sem acesso à energia da concessionária, com exceção do sistema conectado à rede, todas as aplicações citadas anteriormente são exequíveis. Nesse caso, também é possível a instalação de um sistema isolado, o qual com auxilio de baterias armazena energia para ser usada no domicílio.

Os custos da instalação dependem do tipo de aplicação. Assim, estima-se que um sistema de energia solar conectado à rede que gere mensalmente 1000 kWh tenha um custo de R$ 34.000,00. Um sistema de bombeamento de água pode ter custo variando entre R$ 5.000,00 e R$ 30.000,00, a depender da profundidade em que a bomba será instalada e da potencia da mesma. Várias instituições financeiras possuem linhas de financiamento especificas para energia solar, dentre elas estão o Banco do Brasil (programa Agro Energia) e o Banco do Nordeste. 

 

Sabotagem em linhas de transmissão de energia

Crédito: Brett Sayles

Até o dia 14 de janeiro de 2023 a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) havia registrado pelo sete casos de vandalismo envolvendo torres de transmissão de energia elétrica nas regiões Norte, Sudeste e Sul do país. No último final de semana mais uma ocorrência, desta vez em uma área rural entre os municípios de Toledo e São Pedro do Iguaçu, no oeste paranaense. A ação danificou uma torre de transmissão de Furnas que distribui energia elétrica da usina de Itaipu e está sendo objeto de investigação pela Polícia Federal. O governo federal criou um gabinete de crise para apurar estes eventos, onde se evidencia indícios de sabotagem e de vandalismo, como o corte de cabos de sustentação das linhas de transmissão.

O Brasil conta com mais de 150 mil quilômetros de linhas de transmissão de energia elétrica. A quantidade de cabos usados nestas linhas é suficiente para dar cinco voltas ao redor do planeta Terra. As linhas de transmissão são responsáveis pelo “transporte” da energia elétrica desde o local onde é gerada  a energia até o local onde é distribuída nos centros urbanos, percorrendo, na maioria das vezes, centenas de quilômetros. Estas estruturas podem conduzir energia com tensão que variam de 138.000 a 750.000 volts, esta última equivale a 3410 vezes mais do que a tensão que temos em nossas residências (220 volts).

O vandalismo praticado em linhas de transmissão pode causar interrupção no fornecimento de energia de várias cidades que delas dependem, ocasionando grandes transtornos no cotidiano das pessoas. Temos como exemplo as três linhas de transmissão de 750.000 volts que levam a energia produzida na Usina Hidrelétrica de Itaipu até a região metropolitana de São Paulo, cada uma com extensão de aproximadamente 900 km. Imagine o caos que seria São Paulo diante da falta de uma dessas linhas. 
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Turbina eólica mais potente do mundo é apresentada pela China

Crédito:Divulgação/CSSC Haizhuang

Engenheiros na China revelaram a turbina eólica mais potente do mundo, com o tamanho de sete campos de futebol. De acordo com o Daily Mail, o projeto é assinado pela China State Shipbuilding Corporation (CSSC) Haizhuang e abrange uma área de 53 mil metros quadrados. Cada uma das pás da turbina possui 128 metros de comprimento.

Os engenheiros responsáveis afirmam que a turbina possui 18 megawatts, e é capaz de alimentar até 40 mil casas ao longo de um ano inteiro. Uma única turbina pode gerar mais de 74 milhões de kWh de energia todos os anos.

Segundo a CSSC Haizhuang, o projeto pode reduzir o consumo de carvão em 25 mil toneladas e a emissão de dióxido de carbono em 61 mil toneladas por ano. "A turbina é capaz de reduzir o custo de parques eólicos e estabelecer uma base sólida para o desenvolvimento da indústria eólica offshore [em alto mar]", diz o comunicado. A empresa de energia eólica diz que “dominou as principais tecnologias de turbinas eólicas offshore de alta potência” e “liderou a indústria global de energia eólica offshore a alcançar um novo marco” com o protótipo atual.

Fonte: època negócios.

 

Senado entra em recesso sem votar prorrogação do início da taxação da energia solar

Crédito: Los muertos crew

A Câmara dos Deputados já havia aprovado no início de dezembro o projeto de lei que prorrogaria por seis meses o início da cobrança extra para quem pretende instalar um sistema de energia solar fotovoltaico. Essa taxa extra é referente ao uso que o consumidor faz da rede de distribuição para “injetar” sua energia excedente oriunda da geração de energia solar. A proposta seguiu para apreciação do Senado, onde seria ratificada ou não. Mas, infelizmente, o Senado entrou em recesso sem realizar a referida apreciação

Concretamente, o que está valendo é o prazo atual da Lei 14.300/22, o qual termina no dia 7 de janeiro de 2023. Assim, o consumidor que deseja instalar energia solar dentro das regras atuais de compensação da GD (geração distribuída) precisa protocolar a solicitação de acesso do projeto junto à concessionária de energia até o dia 6 de janeiro de 2023

Instituições ligadas ao movimento de expansão do uso da energia solar trabalham nos bastidores na tentativa de viabilizar a aprovação da prorrogação pelo Senado após o recesso. No entanto, teríamos aí algumas questões para responder, tais como: como ficariam as pessoas que instalaram seus sistemas a partir de 07 de janeiro? A Lei retroagirá para beneficiar estes usuários?

 

Hospital Universitário da UFPI é premiado por ações de eficiência energética

Crédito: Hoan Ng?c

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) reconheceu, na última quarta-feira (14/12), sete iniciativas de destaque nos hospitais universitários federais que compõem a Rede. As iniciativas, as quais foram contempladas com o prêmio “iniciatica de valor 2022”, são as que mais reforçaram os valores organizacionais contidos no mapa estratégico da instituição: ética, transparência, humanização, sustentabilidade, valorização de pessoas, trabalho em rede e inovação. 

O Hospital Universitário da UFPI venceu o prêmio na categoria sustentabilidade, graças às ações de eficiência energética adotadas na unidade de saúde. Tais ações tiveram início em agosto de 2020 no hospital e viabilizaram a instalação 1650 placas de energia solar de 340 Watts, o que resultou numa economia anual de R$ 450.000,00. As lâmpadas fluorescentes instaladas no hospital foram trocadas por lâmpadas de LED. Foram substituídas 3.539 lâmpadas internas e 96 luminárias na área externa. O projeto, o qual teve um custo de R$ 1,7 milhões, foi financiado pela empresa Equatorial Piauí Distribuidora de Energia S.A. 

O investimendo em ações de eficiência energética, além de ter uma componente ambiental também tem uma dimensão econômica. Pelos valores descritos, estima-se que em 3,5 anos têm-se o retorno do investimento inicial. Adicione-se a isso, o fato do sistema de energia solar ter uma vida útil de no mínimo 25 anos. Que as iniciativas do HU-UFPI sirvam de inspiração para outras instituições do nosso estado.

 

Prorrogado por seis meses o início da cobrança extra para quem pretende instalar energia solar

Crédito: Jamshaid Anwar 

A Câmara dos Deputados aprovou na última terça-feira (6/12) o projeto de lei que prorroga por seis meses o início da cobrança extra para quem pretende instalar um sistema de energia solar fotovoltaico. Essa taxa extra é referente ao uso que o consumidor faz da rede de distribuição para “injetar” sua energia excedente oriunda da geração solar. Para quem instalar o sistema antes de findar este prazo terá isenção dessa taxa até 2045. A proposta segue para apreciação do Senado.

O prazo atual da Lei 14.300/22 termina no dia 7 de janeiro de 2023. Em sendo aprovada a prorrogação e o projeto sendo convertido em lei, quem desejar instalar um sistema de energia solar terá até julho de 2023 para protocolar o pedido junto à concessionária de energia da sua região.

Para a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) a aprovação do PL é “um avanço nas garantias do direito do consumidor e um passo importante para preservar a aplicação da lei para o segmento".

Em postagem feita neste Blog em outubro passado abordamos sobre o que é a cobrança extra para quem vier a instalar um sistema de energia solar depois da expiração do prazo. Segue o link: https://cidadeverde.com/energiaativa/120077/para-evitar-sobretaxacao-em-2023-consumidores-aumentam-a-procura-por-energia-solar

Comissão de Ciência e Tecnologia aprova Geração de Energia Solar nas Universidades

Crédito: Marcos Lira

A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) aprovou na última quinta-feira (01/12) o projeto de lei (PL 726/2019) que cria o Programa de Geração Distribuída nas Universidades (PGDU), para a instalação de sistemas de geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis nas universidades brasileiras e nas entidades a elas vinculadas. O texto segue para as comissões de Educação (CE) e Assuntos Econômicos (CAE). A proposição do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) teve como relator o senador Jean Paul Prates (PT-RN). O projeto promove a utilização de fontes renováveis para a produção de energia elétrica de forma descentralizada por meio da instalação de painéis fotovoltaicos para aproveitamento da luz solar.

Segundo o relator, o projeto tem o mérito de apontar “fontes de recursos pertinentes e legalmente possíveis” para o financiamento da instalação de sistemas de geração de energia elétrica mediante fontes renováveis nas universidades brasileiras. “Gera-se, assim, uma alternativa barata para que as universidades utilizem serviço próprio de geração de energia elétrica (autonomia energética) e, além disso, prevê fonte de receitas adicional para as universidades. Esse contexto é desejável, por permitir o desenvolvimento de mercado para equipamentos e componentes supramencionado e pelas externalidades positivas que a educação gera na economia”, diz Jean Paul Prates.

O relatório de Jean Paul Prates sugere a substituição de incentivos fiscais previstos no projeto original pela criação de um programa de financiamento e a concessão de crédito pelo Poder Executivo. O plano contaria com recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (criado pela Lei 12.114, de 2009); verbas de pesquisa e desenvolvimento (Lei 9.991, de 2000); e recursos do Orçamento Geral da União.

Os objetivos do PGDU são o desenvolvimento tecnológico e a capacitação profissional para a geração distribuída de energia elétrica a partir das fontes renováveis; a autonomia energética das universidades; e o desenvolvimento de mercado para equipamentos e componentes utilizados na geração distribuída de energia elétrica a partir das fontes renováveis.

Fonte: Agência Senado.

Iluminação de Natal: evite as “gambiarras”

Crédito: Francesco Ungaro

Estamos nos aproximando de uma das mais belas festas do ano. Uma instalação elétrica mal feita pode ocasionar um curto-circuito, choques elétricos ou mesmo um incêndio, fazendo com que a magia do Natal se transforme numa grande dor de cabeça. Listaremos abaixo algumas medidas que poderão lhe ajudar a manter a segurança nas suas instalações:

I – Lâmpadas e pisca-piscas só se tiverem procedência

Sempre escolha lâmpadas e pisca-piscas com selo de conformidade do INMETRO. Esta é a garantia que estes equipamentos foram testados e aprovados e estão de acordo com as normas brasileiras. O mercado oferece uma grande quantidade de produtos importados e, mesmo estes, precisam ter a certificação. Não leve em consideração apenas o preço do produto, pois o barato pode sair bem caro, inclusive pode custar a vida. As lâmpadas de LED continuam sendo a melhor opção quando o assunto é economia de energia elétrica. Elas podem ser encontradas nas mais variadas cores.

II – Fuja de  “gambiarras” 

Sempre leia o manual de instrução do produto antes de fazer qualquer ligação, evitando “gambiarras”. Gambiarras são instalações que utilizam uma grande quantidade de fios e adaptadores ou ainda quando temos vários equipamentos ligados em uma só extensão. Esse tipo de ligação provoca sobrecarga e curto-circuito. Dê preferencia ao uso de “réguas” quando precisar ligar mais de um equipamento, pois ela possui um dispositivo de proteção em caso de sobrecarga. 

III - Distância dos pontos de instalação

A instalação em ambientes externos requer uma maior cautela, uma vez que estará exposta a vento e chuva. Lembre-se que água e eletricidade nunca é uma boa combinação. No caso de instalações em fachadas, muros e árvores, deve ser respeitada uma distância de um metro e meio da rede de distribuição elétrica da concessionaria de energia.

Pesquisadores do Centro de Tecnologia vão produzir combustível de avião com rejeito de peixes

Crédito: GEAPI

O Grupos de Estudos Avançados em Processos Industrias (GEAPI), vinculado ao Centro de Tecnologia da UFPI vai desenvolver tecnologia de produção de combustíveis de aviação sustentáveis a partir da utilização do óleo de rejeitos de pescados. O projeto, que acaba de ser aprovado em uma chamada CNPq/MCTI/FNDCT, conta com uma equipe multidisciplinar de pesquisadores de quatro instituições: UFPI, UECE, UFPB e UFPE e terá um aporte financeiro de aproximadamente 1 milhão de reais. Segundo o Coordenador do Projeto, Prof. Dr. Francisco de Assis da Silva Mota “a produção de óleo obtido de rejeitos de pescados é uma possibilidade que poderá solucionar a demanda por biocombustíveis. E, pensando em uma nova fronteira tecnológica, este projeto propõe a utilização do óleo extraído dos rejeitos de pescados para a utilização na produção de SAFs (sustainable aviation fuels)”. 

O projeto tem duração de três anos e se notabiliza por ações que podem ser desenvolvidas abrangendo nacionalização de tecnologias destinadas ao beneficiamento de rejeitos de pescados e desenvolvimento de softwares para acompanhamento da produção de óleo de rejeitos. Após o seu desenvolvimento, o projeto proporcionará ao mercado produtor de pescados e consumidor de SAF novas tecnologias que agregarão geração de produtos e renda. E, se levarmos em consideração que a procura por alimentos considerados saudáveis está continuamente aumentando, teremos uma fonte permanente e crescente de matéria-prima para produção de SAF e, se a quantidade de resíduos de pescados em 2002 já era da ordem de 18 a 30 milhões de toneladas (Mota, 2009), a utilização deste resíduo irá propiciar um impacto significativo no abastecimento de matéria prima para produção deste combustível, produzido a partir da matéria renovável, para aviação. Assim, a inovação, em desenvolvimento de tecnologias, rota de produção, será fixada e consolidada ao fim deste desenvolvimento.

O GEAPI  está equipado com plantas pilotos para produção de Bioquerosene, unidade continua (controlada) para produção de biodiesel, unidade contínua destinada a produção de bio-óleo a partir da pirólise de materiais reciclados. Sistema para produção de briquetes em escala laboratorial e laboratorio destinado ao desenvolvimento de unidades pilotos (Engenharia básica, Engenharia detalhada, automação).
 

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