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Biodiversidade em queda: e agora?

Não sei se você já parou para comparar o que existia em sua casa ou nas redondezas em termos de animais há tempos com o momento presente. Já fez isso? Dia desses estava me lembrando que quando era adolescente a quantidade de pequenos animais que apareciam no nosso jardim, da casa que morei na zona norte de Teresina. Lembro frequentemente de pequenas pererecas, de sapos povoando o esgoto pluvial e lembro até que um dia encontramos uma pequena cobra da cabeça vermelha que chamavam de “mata-boi” (a cobra estrategicamente ficava na pastagem e penetrava nas narinas do gado bovino, o matando com uma picada). Hoje está muito diferente e não é somente porque a minha casa fica em um bairro mais central, apesar de nunca ter saído do lugar!

A biodiversidade está sendo abalada no mundo inteiro, assim como revelaram os pesquisadores Yonglong Lu e James Bullock no editorial da revista Science Advances desta semana. Para os pesquisadores “A perda maciça e contínua de biodiversidade compreende uma emergência social e ambiental que os governos mundiais devem enfrentar com urgência”. A avaliação global da Plataforma de Política Científica Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) alertou que a biodiversidade está diminuindo mais rápido do que em qualquer momento da história humana.

Alguns fatores são enumerados como principais na análise feita por eles na Revista que reúne trabalhos de vários pesquisadores que atuam com biodiversidade no mundo inteiro. Os autores destacaram seis pontos relevantes, a saber.

1) Existem muitos estressores conduzindo à perda de Biodiversidade

Embora os papéis das ameaças individuais à biodiversidade, incluindo mudanças climáticas, perda de habitat e poluição, sejam bem documentados, muito menos se sabe sobre como esses fatores interagem e como suas interações variam entre os locais. A expansão da construção e a intensificação da poluição levaram à perda e degradação do habitat, ameaçando grandes proporções de anfíbios, mamíferos e répteis.

2) Altas taxas de ozônio troposférico impacta a biodiversidade

O conhecimento incipiente sobre o metabolismo dos seres vivos ante ao Ozônio levanta uma série de suspeitas sobre impactos contra estes seres vivos. Estudos recentes apontam que o ozônio pode afetar:

(i) a composição e diversidade das comunidades de plantas ao afetar características fisiológicas chave;

(ii) química foliar e a emissão de voláteis, afetando assim a competição planta-planta, as interações planta-inseto e a composição das comunidades de insetos; e

(iii) interações planta-solo-micróbio e a composição das comunidades do solo ao interromper a queda da serapilheira e alterar os processos do solo.

Essas descobertas estimularão mais estudos sobre os impactos dos poluentes atmosféricos na biodiversidade, nas comunidades e no funcionamento do ecossistema.

3) Necessidade de monitorar a diversidade filogenética

A diversidade filogenética reflete a história evolutiva das espécies e tem sido usada na seleção de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade. Entretanto, as quantidades e padrões espaciais da diversidade genética e filogenética da vida selvagem na escala regional permanecem em grande parte obscuras. Fatores climáticos tiveram efeitos positivos notáveis, enquanto a altitude e a densidade da população humana tiveram impactos negativos sobre os níveis de diversidade genética baseada no DNA mitocondrial na maioria dos casos.

4) Produção de alimentos impacta na Biodiversidade

Os sistemas alimentares são um dos maiores estresses sobre a biodiversidade, sendo responsável por aproximadamente 60% da perda de biodiversidade terrestre global e a superexploração de 33% das populações de peixes comerciais. É importante estabelecer metas e indicadores específicos que possam abordar com eficácia a produção e o consumo sustentáveis de alimentos e apresentar as condições que possibilitem o cumprimento dessas metas.

5) Expansão global de áreas protegidas

Ecorregiões de crise, pontos críticos de biodiversidade, áreas de pássaros endêmicos e paisagens florestais intactas são alguns tipos de áreas protegidas que devem ajudar a prevenir a perda de biodiversidade. Com o planejamento espacial de alta resolução para a expansão efetiva das áreas protegidas, os locais mais econômicos podem ser designados, levando em consideração as metas nacionais e as diferentes condições ambientais e sociais regionais.

6) Conservação da Biodiversidade e neutralidade de Carbono

A maioria dos países define prioridades de conservação em escala nacional ou subnacional, mas as contas nacionais raramente mencionam metas e indicadores regionais ou globais. No entanto, é vital buscar sinergias entre escalas e identificar sobreposições e diferenças para permitir decisões eficazes necessárias para a implementação da estrutura de biodiversidade global pós-2020. Os países signatários da Convenção de Diversidade Biológica (CDB) devem desenvolver uma estrutura viável que estabeleça prioridades sinérgicas para a conservação da biodiversidade, captura de carbono e redução de emissões e fazer melhor uso de instrumentos eficazes para o cumprimento das metas climáticas e de biodiversidade.

Outras áreas e metas precisam ser trabalhadas também, mas as levantadas por Lu e Bullock neste conjunto de artigos já adiantariam muitas situações na proteção da Biodiversidade. São muitas lacunas e problemas em escala local, regional e mundial. Precisamos entender e assumir compromissos que ajudem a minimizar os danos.

Boa semana para todos (as)

Médico piauiense inventa detector portátil para tumores cancerígenos

“Aliviar seus efeitos é uma tarefa diária, curá-la, uma ardente esperança”, já dizia o médico William Castle em 1950 quando descrevia um dos tipos de Câncer, a Leucemia, numa demonstração de que esta doença é o assombro de muitos pacientes e é um desafio constante para medicina. É quase um consenso que um câncer diagnosticado logo no início aumenta fortemente a chance de cura, pois se busca, imediatamente, um conjunto de procedimentos que podem facilitar o tratamento e levar o paciente à finalização da doença e, enfim, a cura.

Quanto mais rápido chega-se ao diagnóstico, mais seguro é o planejamento para se alcançar o sucesso no tratamento. O diagnóstico depende de uma série de rotinas adotadas a partir de descobertas sobre o comportamento da doença, especialmente porque em geral, o organismo pode formar tumores benignos, que não consomem o paciente e que podem ser removidos sem danos maiores. O grande problema é quando aparecessem os tumores malignos, as chamadas neoplasias malignas, que se caracterizam pela proliferação descontrolada de células em razão de danos no DNA celular. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, quanto mais cedo a descoberta, maior a chance de cura.

Um dos exames mais avançados na detecção do câncer é o PET-CT Oncológico que é um exame por imagem com alto nível de detalhamento, feito em uma máquina que agrega técnicas de Tomografia Computadorizada (CT) e Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET). Esta tomografia por emissão de pósitrons é a responsável pela confirmação das atividades metabólicas celulares anormais, associada ao Câncer. Este tipo de equipamento é bastante preciso. Estudos apontam para um índice de 30% dos casos com mudança no tratamento, após o resultado de um PEC-CT, dada a precisão das imagens produzidas por este equipamento. Dá para imaginar o custo de um equipamento como este já que o exame feito por ele custa entre 3.500 a 5.100 reais?

Fonte: https://kozma.com.br/para-que-serve-o-exame-pet-ct/

Uma solução alternativa, para um exame de alta resolutividade, mas com um custo bem inferior e que pode revolucionar o diagnóstico de câncer pode ter saído da criatividade do médico piauiense Ary Oliveira Pires. Médico com especialidade em Medicina Nuclear e atuando em várias clínicas e hospitais de Teresina, Dr. Ary inventou e patenteou o Detector Ionizográfico. Assim como o equipamento que realiza a PEC-CT, o Detector criado pelo Dr. Ary em parceria com o pesquisador Helton Gírio Matos, pode combinar o diagnóstico feito por imagens e a detecção de substâncias radioativas que são inoculadas nos pacientes com câncer para provisão do diagnóstico. A diferença primária está na facilidade de trabalhar com o Detector Ionizográfico que é um aparelho portátil que deve ter um custo bastante reduzido quando produzido em escala industrial.

Dr. Ary Pires. Fonte: Arquivo pessoal.

Eu conversei com o Dr. Ary Pires que é um médico bastante antenado e está na linha de frente na realização de exames para diferentes doenças que podem ter seu diagnóstico associado às técnicas que usam os recursos da medicina nuclear. O equipamento foi testado em pacientes com nódulos de câncer de mama e os resultados aferidos pelo novo equipamento foram confirmados pelas técnicas já preconizadas para este diagnóstico. “Estamos muito animados com o registro da patente, respaldado pelos resultados já publicados que apontam para uma nova arma para diagnosticar precocemente diferentes tipos de neoplasias malignas”, ressaltou o Dr. Ary.

Detector Ionizográfico: aparelho portátil para detectar tumores cancerígenos. Fonte: Dr. Ary Pires.

Importante ressaltar que a pesquisa foi custeada pelo Dr. Ary e foi promovida aqui mesmo em Teresina (PI). O resultado pode ser um equipamento revolucionário que pode melhorar a eficiência do diagnóstico dos casos de tumores malignos, aumentando as chances de sobrevivência para os que lutam contra esta doença. Pesquisa feita no Piauí, por piauienses e é bom se frise: sem a ajuda de financiamento público!

Dr. Ary Pires tem a veia científica herdada da mãe, a Profª Drª Maria de Fátima Oliveira, pesquisadora da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). A bem da verdade o Piauí tem talentos que podem revolucionar diferentes áreas do conhecimento. O que nos faltam são governantes que tenham um mínimo de iniciativa.

Uma boa notícia!

Boa semana para todos (as).

 

A história só se repete

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A Revista Science desta semana traz uma pequena nota informando que os EUA irão devolver cerca de 17 mil peças subtraídas do Iraque no período da invasão pelo exército norte americano àquele país em 2003. Basicamente, quando do período da invasão, as coleções de museus e templos que reuniam peças históricas foram saqueadas por pessoas ligadas ao grupo terrorista Estado Islâmico e vendidas para empresas que lidam com o comércio ilegal de peças históricas. Dentre as peças a serem devolvidas encontra-se uma tábua de argila com 3.500 anos de idade que conta parte da epopeia babilônica de Gilgamesh. A repatriação destes objetos é considerada a maior da História do Iraque.

Em todos os momentos de guerra ou de dominação sobre territórios, de forma pacífica ou não, tem-se como resultado este tipo de apropriação. Objetos de uma determinada cultura são contrabandeados e viram peças de museu de países com maior poder. Foi assim desde os primórdios e será assim por muito tempo. Muitos exemplos disso em diferentes culturas. Em museus do México e do Chile, por exemplo, são encontradas peças do período Pré-Colombiano, extraídos de templos sagrados de culturas que foram esmagadas pelas forças colonizadoras.

Na Antiguidade, a força da expansão do Império Romano, que avançou sobre diferente povos e nações lidou com este mesmo artifício. Coleções de museus como o Louvre, em Paris, ou nos Museus do Vaticano, em Roma trazem milhares de peças coletadas no Egito Antigo, por exemplo (as imagens que disponibilizo no álbum foram da nossa visita aos Museus do Vaticano feita no final de 2019). Na atualidade, quem ganha com tudo isso, são os turistas que conseguem perceber o resgate da História que ficou preservada graças à Museologia, esta ciência que tem sido fundamental para mostrar as novas e futuras gerações as riquezas de um passado remoto.

Por vezes, ações de apropriação são consideradas positivas, pois muitas culturas não conseguem alcançar a necessidade de preservar sua história. Foi o que aconteceu com vários templos e sítios históricos do Iraque e da Síria, destruídos por ação de membros do Estado Islâmico de forma proposital, inclusive com a execução em praça pública de arqueólogos, uma barbárie sem precedentes.

O importante é que estes materiais estão sendo devolvidos para que os iraquianos possam reorganizar sua história antiga, com a responsabilidade de que o patrimônio que lhes pertence ajuda a construir a história de todas as nações. De certa forma, o que volta para sua guarda, pertence à humanidade.

Bom domingo e boa semana para todos (as) e até o próximo post.

A ciência por trás do esporte

Durante as últimas semanas temos nos encantado com o desempenho de esportistas de diferentes modalidades durante as Olímpiadas de Tóquio. Este evento ocorre a cada quatro anos e estava previsto para acontecer em 2020, tendo sido adiado por um ano em função da pandemia de COVID-19. As Olimpíadas são organizadas pelo Comitê Olímpico Internacional, órgão que congrega 202 países, tendo a frente o Comitê do país-sede que cria condições para que o evento ocorra, com a logística e infraestrutura necessárias para o desenvolvimento das competições das diferentes modalidades.

As Olimpíadas foram criadas na Grécia antiga, mas no final do século XIX, graças ao professor francês Pierre de Frédy, conhecido como Barão de Coubertin, os jogos ressurgiram e desde então só foram interrompidos durante as Guerras Mundiais e agora adiados em função da pandemia de COVID-19. Desde 1896 o evento ganha destaque movimentando diferentes modalidades esportivas e atletas com desempenho competitivo excelente representando as diferentes nações em busca das medalhas de Ouro, Prata e Bronze, que premiam os melhores atletas nos esportes individuais e as melhores equipes de esportes coletivos.

Para nós, expectadores, resta assistir e torcer pelo bom desempenho dos atletas que representam nosso país. Por vezes nos maldizemos porque este ou aquele atleta não conseguiu a tão sonhada medalha ou um desempenho melhor. Mas o que existe por trás de um atleta bem-sucedido? Além de um esforço muitas vezes sobre-humano nos quais precisam se sobressair após anos de preparação, um bom momento psicológico e a superação de limites, e sem qualquer dúvida o apoio para preparação. Mas a ciência ajuda em que?

O desempenho de um atleta pode ser atribuído a um planejamento rigoroso na preparação, ao desenvolvimento de estratégias de treinamentos e rotinas de treinos, além do esforço de técnicos e pesquisadores que apuram dados como velocidade, força, combinados com aspectos relacionados a uma alimentação balanceada e voltada para o melhor aproveitamento energético durante as fases de formação dos chamados atletas de alto rendimento.

Esta preparação e o planejamento para competição fez nascer as chamadas Ciências do Esporte ligadas aos estudos das técnicas e métodos usados no treinamento e na preparação física de indivíduos e equipes para competições esportivas. Para compor este conjunto de ciências surgiram áreas como a Biomecânica esportiva, Psicologia esportiva, Medicina esportiva e a Gestão de Esportes, que combinadas ajudam a melhorar a performance de atletas e equipes visando resultados de alto rendimento.

Assim, quando estiver torcendo pelo sucesso de um atleta lembre-se que para chegar até ali muita gente estudou técnicas de otimização de energia para permitir que pudesse correr ou nadar mais rápido, velejar e remar com mais força, pular mais alto etc. Cumprir o lema olímpico do Citius, altius, fortius (Mais rápido, mais alto e mais forte) é a meta de cada atleta e de cada treinador envolvido na preparação destes atletas.

O quadro de medalhas mostra, por fim, quem melhor conseguiu preparar seus atletas para a competição que é considerada a de mais alto nível, envolvendo muitas modalidades. Nas Olimpíadas de Tóquio que finalizam hoje foram 46 modalidades no total, incluindo algumas novas como o Surf e o Skate, que inclusive renderam bons resultados para os brasileiros.

A ciência é a base de praticamente tudo que acontece nas nossas vidas. Boa semana para todos (as) e até as Olimpíadas de Paris que ocorrerão em 2024.

Primeiro-Ministro e Rainha: quem manda de fato?

No começo deste mês o Governo do Estado enviou para a Assembleia Legislativa um projeto de lei criando a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Educacional, Governança e Meio Ambiente da Universidade Estadual do Piauí - UESPI. De acordo com matéria publicada no site Parlamento Piauí, a proposta já está na Comissão de Constituição e Justiça sob a responsabilidade do Deputado Nerinho.

De acordo com o site, a FUAPI terá “a finalidade de apoiar projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, incluindo a gestão administrativa e financeira (...)”. Segundo a matéria, o texto da mensagem enfatiza:

“A Fuapi será responsável por proporcionar à Uespi, dentro de suas possibilidades, pesquisa, extensão, projetos de desenvolvimento institucional, científico, tecnológico e de estímulo à inovação de interesses da Universidade, de outras instituições de ensino superior ou instituições científicas, tecnológicas e de inovação, públicas ou privadas sem fins lucrativos, servindo-lhes de fundação de apoio, além de prestar ajuda na promoção de eventos, concursos públicos para a admissão de pessoal para órgãos públicos e processos seletivos em geral”.

A matéria ainda complementa que a FUAPI será responsável pela captação de recursos através da prestação de consultoria ou explorações econômicas etc.

Existe uma forma bem mais simples de resolver todos os problemas a que se propõe serem resolvidos com a criação desta fundação para o caso da UESPI: cumprir o Art. 207 da Constituição Federal e o Art. 228 da Constituição do Piauí. O cumprimento destes dois dispositivos, presentes em duas leis diferentes, mas que em resumo dizem a mesma coisa é CONCEDER AUTONOMIA FINANCEIRA E PATRIMONIAL para a Universidade. Escrevi até em caixa alta para facilitar a miopia das pessoas que precisam ler sobre isso. Não é a primeira vez que explico sobre autonomia neste Blog. Veja aqui.

Para um leitor que não conhece a realidade da UESPI e da sua relação com sua instituição Mantenedora que é o Governo do Piauí sobrará a pergunta: Por que o governo vai criar uma fundação (FUAPI) para “manter” outra Fundação (FUESPI)?

Sobram respostas para isso. Mas os atuais dirigentes da Universidade poderiam lembrar dos sacrifícios que fazem, todos os meses, para pagar as contas básicas da Universidade. Assistir de camarote sem qualquer tipo de reação, inclusive a de opinar sobre o assunto, parece que é bem mais cômodo. Sucesso então para os próximos reitores, que terão todo o interesse em saber quem será o indicado do Governo para presidir este apêndice da Universidade. Só que neste caso o apêndice será mais importante: o presidente da FUAPI será o “Primeiro-Ministro” e o Reitor da UESPI, a “Rainha da Inglaterra”.

Em tempos de campanha para Reitor este assunto será falado em muitos grupos de professores.

Até o próximo post...

 

Aviso: Este post reflete a opinião do Colunista sobre o tema.

 

Riquezas do litoral do Piauí

Esta semana que passou foi marcada pelo aparecimento de um exemplar de peixe-boi encalhado sob a ponte que separa os municípios de Parnaíba e Luís Correia, no litoral do Piauí. De acordo com biólogos que fizeram o resgate do corpo, o indivíduo já era conhecido e havia sido devolvido para a natureza após passar um período em adaptação, após ter sido resgatado com vida também encalhado, na condição de filhote.

Há poucas semanas falamos aqui de um peixe-lua encontrado na praia do Coqueiro em Luís Correia, também morto após encalhar numa praia. Embora o peixe-lua seja um animal de regiões mais profundas, por algum motivo veio até a parte mais rasa e terminou se atrapalhando na hora de voltar para seu habitat.

Estes são dois exemplos de animais que vivem nas águas litorâneas do Piauí. O peixe-boi é francamente encontrado no litoral do município de Cajueiro da Praia, onde crescem prados marinhos, verdadeiros pastos de plantas aquáticas – sim, plantas de verdade e não algas, que servem de alimento para espécies marinhas de peixe-boi, que apesar do nome é um mamífero muito simpático. O litoral do Piauí também recebe a visita de tartarugas marinhas, sendo que algumas até utilizam praias piauienses para sua desova que é acompanhada por um abnegado grupo de biólogos que atua na sua proteção.

A riqueza do litoral do Piauí vai muito além destes exemplos de aparições de animais diferentes. Levantamentos realizados pelo biólogo Anderson Guzzi e um séquito de estudantes de Ciências Biológicas, ligados à Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) têm estudado a composição de aves do Delta do Parnaíba e o comportamento incomum dos guarás, aves que de cor avermelhada que realizam um verdadeiro show ao entardecer, todos os dias, em ilhas situadas no meio do Delta do Parnaíba, quando chegam para se acomodar e passar a noite. Um espetáculo que é acompanhado por turistas e pesquisadores.

Vejam a revoada dos Guarás que gravei em Dezembro de 2018:

É provável que a riqueza natural observada no litoral do Piauí seja fruto da baixa exploração turística, quando comparado a outros destinos litorâneos do Nordeste do Brasil. É importante lembrar que o Piauí é o único estado nordestino que possui a Capital no interior. Isto de certa forma transformou o espaço do nosso pequeno litoral em um paraíso ainda visitado por espécies que já não aparecem em ambientes dotados de portos ou grandes capitais com muitas construções à beira do mar, como nas demais capitais do Nordeste.

Além das riquezas já citadas, o Piauí guarda uma vegetação de Restinga e de manguezais bem preservada, o que ajuda a manter a riqueza de animais terrestres que e de espécies que utilizam os mangues como suporte de sobrevivência. Em Cajueiro da Praia temos o maior cajueiro do mundo, que já citamos também em posts aqui no Ciência Viva.

O grande problema é que os cenários paradisíacos estão em fase de descoberta por empreendedores e também por predadores. É preciso que as autoridades sejam muito cuidadosas com este cenário de ameaça.

Até o próximo post.

4 anos em atividade

Há quatro anos iniciei uma atividade diferente das que costumava a fazer: passei a assinar o Blog Ciência Viva, onde falo temas relacionados a Ciência, Tecnologia, Educação e Meio Ambiente. O Ciência Viva foi uma iniciativa minha em comum acordo com a Jornalista Yala Sena, editora-chefe do Portal Cidade Verde, com o apoio de duas jornalistas: Ana Flávia Soares e Jordana Cury.

Durante minha carreira escolar e profissional sempre gostei muito de ler e escrever. A missão de professor me exigiu que passasse a tentar simplificar conteúdos para os meus alunos e a facilidade em escrever ajudou muito na tarefa de tentar “traduzir” conhecimento científico para o grande público. Discutindo com a Ana e a Jordana, entendi a perspectiva do leitor. Nos primeiros textos recebi dicas de como esmiuçar ou favorecer a qualquer pessoa que conseguisse acessar o texto, além de formular manchetes que atraiam mais leitores. Yala me passou diretrizes importantes sobre a frequência de publicações e um pouco sobre o perfil do público leitor do Portal.

Em 14 de julho de 2017 estreei com uma publicação sobre a finalidade do Blog e busquei temas que pudessem atrair a atenção das pessoas e, sobretudo divulgar o trabalho de pesquisadores brasileiros, especialmente os radicados no Piauí. Descobri que as pessoas têm muita curiosidade sobre determinados temas locais e passei a pesquisar sobre estes para trazer ao leitor a verdade e desmistificar algumas coisas. Inicialmente escrevia duas ou três vezes por semana, mas vi que a frequência dos leitores não atendeu minhas expectativas iniciais. Procurei centrar-me em temas do momento e trazer informações inéditas que pautaram outros meios do Grupo Cidade Verde e até outros veículos de comunicação. Durante várias semanas seguidas os encartes de domingo de um grande jornal de circulação local pegavam carona nos temas que vieram à baila para imprensa através do Ciência Viva.

"O blog Ciência Viva, na minha opinião, é um dos principais meios de informação científica do Brasil e o maior do Piauí. O professor Dr. Francisco Soares vem desempenhando um papel fundamental à frente do blog, trazendo semanalmente, notícias e informes de ciência de qualidade e que enriquece o conhecimento de todos que o prestigiam com uma boa leitura. Durante a pandemia do SARS-COV-2, duas publicações no blog sobre meus trabalhos foram muito importantes para um maior reconhecimento em nível local o que propiciou, posteriormente, o financiamento dos dois projetos. Parabéns, meu amigo professor Francisco Soares. Desejo cada vez mais sucesso do blog".

Prof. Dr. Francisco das Chagas Alves Lima (Professor Associado da Universidade Estadual do Piauí - UESPI)

Durante a pandemia procurei ler bastante sobre o assunto, com a finalidade de minimizar os efeitos das Fake News que continuam atrapalhando o combate a esta doença terrível – a COVID19. De tanto ler sobre o assunto já estava conseguindo buscar informações em periódicos internacionais para tentar tranquilizar os leitores. Muitos interagiram comigo através do canal Fale com o Colunista. Encontrei pessoas que não via e falava há muito tempo, mas que fizeram questão de dizer: “acompanho você pelo Blog”. “Leio toda semana o que você escreve”.

"Que a ciência desempenha um papel importante em nossas vidas, todo mundo sabe. Agora, conhecer a ciência produzida em nossas universidades e centros de pesquisa, nem todo mundo conhece. Eu tive o privilégio de ter um dos meus trabalhos divulgados no maior canal de difusão de ciência piauiense, lá em suas origens, em 2017. Em 2021 já são centenas de matérias no blog "Ciência Viva" produzidas carinhosamente pelo meu amigo Dr. Francisco Soares. Que a ciência continue pulsando viva e sendo cada vez mais propagada para todos".

Prof. Dr. Carlos Giovanni Nunes de Carvalho (Professor Adjunto da Universidade Estadual do Piauí - UESPI)

 

Hoje me orgulho de já ter produzido quase 400 textos e alguns destes terem alcançado mais de 130 mil pessoas. Acho importante um texto que fala de ciência, em um país com tantos analfabetos funcionais, chegar à leitura de tantas pessoas.

"O blog Ciência Viva é uma das poucas vozes piauienses que permitem o alcance de importantes temas em ciência e suas implicações para o público geral. Com uma linguagem precisa e sagaz, consegue atingir um amplo público e trazer à luz temas relevantes e de interesse geral. Uma das minhas leituras certas aos domingos".

Prof. Dr. Daniel Dias Rufino Arcanjo (Professor Adjunto da Universidade Federal do Piauí - UFPI) 

Alguns pesquisadores, que já foram notícia no Ciência Viva, atendendo a um pedido meu, expuseram suas opiniões sobre o Blog, que foram destacadas ao longo do texto. Da minha parte só gratidão ao Cidadeverde.com, aos colegas pesquisadores que dão força a este trabalho e aos leitores do Ciência Viva que são a principal razão dele existir.

Viva a Ciência!!! Ciência Viva!!!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nosso mar está pra peixe?

Esta semana que passou um banhista do litoral do Piauí se deparou com um peixe-lua, ainda agonizando encalhado na Praia do Coqueiro, município de Luís Correia (PI) conforme noticiou o Portal CidadeVerde.com. Veja aqui.

A ocorrência de fato é bastante rara, uma vez que estes peixes habitam regiões com 700 metros de profundidade. O peixe-lua, da espécie Mola mola, é considerado um dos maiores peixes ósseos que habitam os mares podendo chegar a medir quatro metros entre suas nadeiras dorsal e ventral e pesar até 2,3 toneladas.

Fonte: Infoescola.

Estes animais são considerados presas fáceis dos tubarões, uma vez que sua morfologia dificulta uma natação mais rápida. Como se alimentam de plâncton podem ser encontrados nas regiões mais rasas do que as que vivem habitualmente quando a oferta de alimentos é boa. Ao ser encontrado numa praia encalhado, provavelmente se perdeu na busca por alimento e, estando excessivamente cansado, não conseguiu se deslocar para áreas que permaneceriam com água suficiente para não encalhar devido a descida da maré.

O espécimen encontrado foi armazenado para estudos futuros na Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR). É muito importante que seja investigada a real causa do aparecimento deste exemplar e do seu encalhe na praia de um litoral, cujo a Plataforma Continental é excessivamente extensa. Pode ser o prenúncio de um problema maior.

A notícia chamou a atenção de muitos veículos de comunicação do sul do País.

Boa semana para todos (as).

 

Doença de Parkinson: avanços recentes

A Doença de Parkinson (DP) é considerada a segunda doença degenerativa do sistema nervoso que mais ataca as pessoas no mundo, perdendo apenas para Doença de Alzheimer que é mais recorrente, atingindo mais de 6 milhões de pessoas no mundo inteiro, especialmente homens maiores de 40 anos. A doença é causada pela redução drástica da dopamina, um importante neurotransmissor que atua na comunicação entre os neurônios cerebrais.

A doença afeta principalmente os movimentos. Trata de uma doença degenerativa que progride até prejudicar fortemente os movimentos dos pacientes. De acordo com os especialistas a redução da dopamina é resultado da combinação entre fatores genéticos e a exposição a determinados fatores ambientais. A doença é classificada pelos especialistas em cinco níveis ou graus:

Grau 1: Um lado do corpo é afetado;

Grau 2: Corpo é todo afetado, mas mantém o equilíbrio;

Grau 3: Perde o equilíbrio e as quedas ficam frequentes;

Grau 4: Perde a capacidade motora para movimentos como fala e deglutição, mas se locomove;

Grau 5: Paciente absolutamente dependente.

A doença atualmente é tratada com medicamentos precursores da Dopamina e cuidados paliativos que incluem exercícios, fisioterapia e sessões de fonoaudiologia para que o paciente continue suas atividades sociais. A evolução da doença não é tão rápida podendo chegar em 15 anos até o grau máximo.

Artigo publicado na revista Avanços da Ciência (Science Advances) do dia 23 de junho passado publicado pelos cientistas Zhuang-Yao D. Wei e Ashok K. Shetty, da Universidade do Texas (EUA), trouxe uma novidade promissora para os pacientes com Parkinson: a reprogramação de Astrócitos.

Os astrócitos são tipos de neurônios que preenchem espaços entre neurônios conferindo sustentação aos neurônios que recebem este nome por terem formato de estrelas. Na pesquisa, os cientistas conseguiram alcançar uma alça de micro RNA dos astrócitos, reprogramando estas células para atuarem como neurônios dopaminérgicos, ou seja, produtores de dopamina.

A experiência foi desenvolvida in vivo, utilizando camundongos portadores de Doença de Parkinson proporcionou nestes animais um aumento considerável na produção de dopamina. O estudo traz uma longa revisão sobre os diferentes graus e aquisição de sintomas e características ao longo da doença, uma revisão rigorosa sobre os atuais tipos de tratamento para doença e uma descrição do uso da reprogramação de astrócitos como uma alternativa a ser considerada no prolongamento da qualidade de vida de pacientes com Parkinson.

A ciência é uma importante ferramenta para alcançarmos tratamentos mais eficientes e a cura de determinadas doenças. A ciência é a base de tudo.

Até nosso próximo encontro. Boa semana para todos (as).

500.000 vidas que importavam

++++++++++ [A vida de cada brasileiro importa.] +++++++++++++++++

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[Passamos muito tempo discutindo política e um negacionismo ridículo.]

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[Economia em choque. Educação a passos lentos, porque providências

importantes não foram tomadas.]++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

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++++++++++++++++++++[A vida de cada brasileiro importa.]+++++++++++

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+++++[O texto hoje homenageia os 6.330 brasileiros que morreram aqui no Piauí!]

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+++++[Todos eles eram importantes para os que sofreram pelas suas passagens.] ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

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++++++++++[A vida de cada brasileiro importa!] ++++++++++++++++++++++++++++

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++++++++++++++ ++++++++[Só a ciência pode salvar vidas!] +++++++++++++++++

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++++++[Infelizmente ainda não terminou!]+++++++++++++++++++++++++++++++++

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Uma semana de luz e saúde para os que estão se recuperando!

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