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Vacina: seu direito de prevenir!

Desde a semana da Páscoa que venho padecendo com uma destas doenças que são resultado da nossa irresponsabilidade coletiva vinculada ao hábito de acomodar lixo de forma inadequada e consequentemente criar mosquitos vetores de doenças tropicais incapacitantes, como é o caso da Dengue e da Chikungunya, que mais feio do que é o nome são as dores que nos levam para um quadro de quase invalidez temporária, considerando as dores em muitas das articulações do corpo.

E nestes dias em que me revezo com dores nos cotovelos, joelhos e artelhos dos dedos das mãos, quase separado no casamento porque a aliança não cabe nos dedos que estão inchados, ardendo a pele, toda avermelhada de um prurido daqueles de deixar qualquer um se coçando (risos), nauseando até com copo d’água me pus a pensar no quanto nossa sociedade está regredindo de uns tempos pra cá.

Está em curso uma campanha de vacinação que deveria contemplar a todos, pois a Influenza é uma das doenças que pode matar, principalmente idosos, crianças, portadores de doenças crônicas e quaisquer outras pessoas que não tomarem os devidos cuidados. Talvez os céticos achem que uma gripezinha não seja capaz de tanto, mas é muito melhor prevenir do que remediar. Quisera eu poder tomar vacinas para todas as doenças que pudessem me afligir...

Mas o que é esta tal vacina, que um séquito de imbecis vem dizendo que faz mais mal do que bem? A vacina é o agente da doença modificado. Quando nosso corpo é atacado por um agente infeccioso, um vírus, uma bactéria, um protozoário etc., nosso corpo começa a produzir defesas contra este agente. Estas reações, muitas vezes são demoradas, e enquanto o corpo reage a doença vai se alastrando e vai tomando de conta. A vacina é, muitas vezes, o agente infeccioso tratado para não desenvolver a doença. O corpo recebe o agente e prepara as defesas contra os sintomas. Que genial!

As vacinas são uma forma inteligente de prevenirmos as doenças. Por isso que os governos gastam tanta grana para vacinar todo mundo, porque evitando que as pessoas adoeçam sai muito mais em conta do que tentar tratar tanta gente.

Por isso, se você é uma das pessoas que podem receber a vacina contra a gripe gratuita, corra até o posto de saúde mais próximo e receba este seu direito. Vacinar-se é um ato de amor para com a sua própria saúde e a dos seus semelhantes. Temos que voltar a ser uma nação que acredita que a vacina é uma forma de prevenirmos doenças e não causá-las como um monte de gente estúpida tem defendido nas redes sociais.

VACINAS NÃO CAUSAM AUTISMO.

VACINAS NÃO ADOECEM. PELO CONTRÁRIO: PREVINEM DOENÇAS.

VACINE-SE ENQUANTO É TEMPO. É SEMPRE MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR!

BOA VACINA!!!

Tecnologia aos nossos pés

Já pensou em calçar o tênis e ele mesmo “amarrar os cadarços”? Será que isso algum dia será possível?

Este seu sonho de nem precisar de abaixar para amarrar os tênis está bem próximo de acontecer. Até o dia 28 de abril deste a Puma, uma das marcas alemãs do grupo Adidas, está abrindo inscrições para voluntários dos EUA, Reino Unido, Alemanha, Japão, Hong Kong, Suécia, Dinamarca, Espanha, Índia, Noruega e Turquia que queiram participar dos testes do tênis Puma Fi (acrônimo de fit intelligence). As inscrições são feitas através do aplicativo PUMATRAC.

É provável que o calçado dotado de tecnologia de amarração eletrônica esteja no mercado daqui a um ano, no segundo trimestre de 2020. Este teste é considerado de grande importância dadas as facilidades da proposta do Fi que atenderá a comando por bluetooth a partir de um aplicativo que poderá ser baixado no celular que ditará o conforto do usuário. A tensão do nó será controlada de acordo com o conforto proporcionado aos pés do usuário, simplesmente tocando no dispositivo na tela do celular, ou regulando a partir da lingueta do próprio tênis.

No mercado já existe um modelo da marca Nike com funções semelhantes, mas a proposta da Puma vem com um motor no solado, equipado com um carregador bem menor e compatível com outros produtos tecnológicos como o Apple Watch.

A previsão é de que o tênis custe por volta de US$ 330 dólares, equivalente a cerca de R$ 1300 reais. Os tênis de amarração automática podem ser uma boa alternativa para quem apresenta limitações físicas e dificuldades na hora de amarrar os cadarços.

O vídeo a seguir (narrado em inglês) mostra um pouco do funcionamento do Puma Fi. Os barrigudos podem usar desta alternativa para não ficarem com falta de ar, quando precisarem amarrar o tênis...

Até a próxima...

 

Pesquisadores da UFPI desenvolvem aplicativos para proteção de animais

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Curupira ou Caipora é um ente do folclore brasileiro responsável pela proteção das matas e de seus habitantes. Segundo o imaginário popular se trata de um homem de baixa estatura (se fosse na Irlanda seria chamado de gnomo), dos cabelos ruivos e com os pés virados para trás. Os contadores da lenda dizem que os pés para trás são exatamente para distrair os caçadores, em busca de suas pegadas.

Ao contrário do personagem do folclore que se esconde dos caçadores, pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) desenvolveram um aplicativo exatamente para expor os caçadores e pessoas que fazem maus tratos com animais. CURUPIRA é o nome do aplicativo desenvolvido por professores e estudantes da UFPI e que vai se integrar ao sistema de proteção da fauna brasileira, numa parceria entre a UFPI e o IBAMA.

A ideia surgiu a partir da disciplina de Educação Ambiental do Departamento de Biologia, por sugestão do Prof. Dr. Bruno Pralon. Sete estudantes orientados por Pralon e pelo Prof. Dr. Wedson Medeiros viabilizaram o desenvolvimento do aplicativo que foi desenvolvido para o Sistema Android e está em fase de registro. O aplicativo será gratuito e mantido a partir de parceria do IBAMA/PIAUÍ com o Departamento de Biologia da UFPI. "A partir do segundo semestre nós iremos converter o projeto do aplicativo em um projeto de extensão para viabilizar que vários discentes sejam envolvidos na manutenção e divulgação do aplicativo, gerando atividade/crédito de extensão para os discentes", destacou o professor Wedson Medeiros. Participaram do projeto CURUPIRA os discentes Daniele Tertulino, Nilton Teixeira, Joanara Oliveira, Pablo Oliveira e Luiza Ester Alves (Licenciatura em Ciências Biológicas - CCN/UFPI) além de Pedro Ivo Soares e Wellyson Vieira (Bacharelado em Computação, CCN/UFPI). 

O usuário poderá escolher o tipo de denúncia a ser feito: caça ou tráfico, no caso de animais silvestres ou maus tratos, no caso de qualquer tipo de animal. Em todas as telas há menus de ajuda com imagens para permitir maior facilidade de compreensão pelo usuário final. Existe também um tutorial para permitir que o usuário, em caso de dúvidas, saiba como fazer uso geral do programa. Uma das vantagens do CURUPIRA é o envio da geolocalização do crime, garantindo maior precisão na apuração de denúncias pelos órgãos ambientais. O usuário também pode enviar fotografias anexas das atividades ilegais contra a fauna. O aplicativo também funciona offline, pensando na realidade daquelas pessoas que residem em áreas cuja internet é instável e, nesses casos, quando o usuário é reconectado, o arquivo da denúncia salva pode ser enviada para o servidor de coleta da informação.

Uma grande vantagem do aplicativo será a economia que pode gerar aos órgãos ambientais. Atualmente o IBAMA conta com uma linha verde 0800 (ligação gratuita), cujo pagamento da ligação é imputado ao orçamento do Ministério do Meio Ambiente/IBAMA, acarretando um custo elevado de manutenção.

"A linha verde é imprescindível para manutenção das denúncias de crimes ambientais, dado que várias partes do país ainda não possuem acesso à internet, especialmente em áreas rurais. No entanto, o aplicativo CURUPIRA, se plenamente viabilizado, poderá gerar em uma economia de despesas relacionadas à linha verde, além de conferir precisão aos órgãos ambientais na apuração de denúncias, reduzindo despesas de deslocamentos", reiterou Medeiros.

Em maio próximo, o time desenvolvedor do aplicativo irá promover treinamento da equipe de apuração de crimes ambientais do IBAMA. A meta é ir preparando o órgão de fiscalização para melhor operacionalização do acolhimento de denúncias futuras via CURUPIRA.

É a tecnologia ajudando a preservar vidas! Parabéns aos envolvidos!

Dia Nacional da Botânica

Hoje é o Dia Nacional da Botânica, 17 de abril. A data foi instituída pelo Decreto Federal nº1.147 de 24 de maio de 1994, pelo Presidente Itamar Franco. Juntamente com estabelecimento da data o mesmo decreto declarou a Carnaúba como palmeira-símbolo do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e foi criada a Medalha do Mérito Jardim Botânico.

Esta data surgiu por iniciativa dos pesquisadores botânicos brasileiros que resolveram homenagear o botânico Carl Friederich Philipp von Martius, nascido na Bavária, Alemanha e responsável por uma das maiores pesquisas botânicas do mundo e que resultou na publicação da Flora Brasiliensis, a obra que resume informações sobre as plantas do Brasil. Martius nasceu em 17 de abril de 1794.

A Botânica é a parte da Ciência que estuda as plantas e outras formas de vida assemelhadas. As plantas são os organismos que sustentam a vida dos demais seres porque são responsáveis por transformar a energia luminosa em outras formas de energia que sejam absorvidas pelos demais seres vivos, compondo um conjunto de seres essenciais para manutenção da vida na Terra.

A ciência Botânica é ampla e se divide em vários ramos como o estudo das formas (Morfologia Vegetal), das estruturas internas (Anatomia Vegetal), das relações com outros seres vivos (Ecologia Vegetal), do funcionamento (Fisiologia Vegetal) da diversidade de grupos e espécies (Taxonomia Vegetal), dos conhecimentos tradicionais sobre elas (Etnobotânica), da distribuição geográfica (Fitogeografia) entre muitos outros.

Enquanto profissional da área das Ciências Biológicas optei por estudar as plantas sobretudo pela sua beleza estrutural e suas funcionalidades, além da grande resiliência em sobreviver aos desafios de conviver com os seres humanos.

Aproveito para lembrar algumas pessoas que foram importantes na minha formação e que me inspiraram como a Profª Graça Arrais, Profª Maria José Monte, Prof. Airan Lopes, docentes por quem passei como aluno de Botânica na UFPI e minhas orientadoras, Profª Margareth Sales (Mestrado) e Profª Carmen Zickel (Doutorado), ambas da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Vocês ajudaram cultivar um botânico.

Feliz Dia da Botânica!

Novo hominídeo descoberto nas Filipinas

Nestes tempo sombrios em que leis universais são negadas, como a do movimento da Terra em torno do sol, por exemplo, além da ideia de que a Terra tem formato de um prato, ao invés de um globo, mais coisa vai sendo elucidada, no caminho de se desenhar como foi o passado recente e a própria história do homem na Terra.

Foi anunciado no dia 10 de abril, através de artigo publicado na Revista Nature, a descoberta de uma nova espécie do gênero Homo, descoberta na Ilha de Luzón, nas Filipinas. Os fósseis tinham sido encontrados em excursões nos anos de 2007, 2011 e 2015, totalizando 13 peças ósseas entre um fêmur, falanges do dedo e dentes, todos com idade calculada em 67 mil anos.

O Homo luzonensis, como foi denominado pelos pesquisadores, foi descoberto em escavações na caverna de Callao e se junta a outras cinco espécies de hominídeos que viveram muito recentemente na superfície da Terra. Além do Homo sapiens sapiens, que é a nossa espécie atual, conviveram, já comprovadamente: Homo sapiens neanderthalensis, o Homem de Neanderthal, o Homo erectus, o Homo floresiensis, encontrado na Ilha de Flores na Indonésia e o Homem de Denisovo, encontrado em uma caverna na Sibéria. A chegada do Homem da Ilha de Luzón abre um novo front de discussões sobre Evolução do Homem. Os achados remetem para um hominídeo de estatura bem pequena, menor do que o Homem da Ilha de Flores que teria no máximo um metro e dez centímetros de altura.

O artigo foi publicado por Florent Detroit, do Museu do Homem de Paris, e por Armand Salvador Mijares, da Universidade das Filipinas.

O vídeo a seguir foi produzido pela Nature contando um pouco da descoberta com as imagens dos fósseis encontrados. Assista:

Os descrentes na Ciência vão dizer que foi algum macaco que pulou da Arca de Noé. Bom domingo para todos(as).

Ambientes Inovadores: participe da Consulta Pública

O Secretário de Empreendedorismo e Inovação, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações tornou pública a consulta para manifestação da sociedade civil sobre o Termo de Referência do Programa Nacional de Apoio aos Ambientes Inovadores (PNI), para garantir a transparência no processo de reformulação do Programa Federal.

A documentação da Consulta Pública e o link para envio de contribuições estão à disposição dos interessados – clicando aqui até o dia 18 de abril.

A atualização do PNI acontece em função do novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (Decreto 9.283, de 07 de fevereiro de 2018) para alcançar todos os ambientes promotores de inovação no País.

O PNI é um programa de alcance nacional que tem por objetivo fomentar o surgimento e a consolidação de ecossistemas de inovação e de mecanismos de geração de empreendimentos responsáveis pela criação, atração, aceleração e desenvolvimento de empresas inovadoras.

Anprotec participa ativamente na atualização do PNI

“Participamos do grupo de trabalho e procuramos ser coerentes com nossos e-books e o Marco Legal de CT&I. Acreditamos que este documento complementa o Marco Legal e abre uma grande possibilidade para os ambientes de inovação do país. Essa é a Anprotec lutando para melhorar a qualidade de vida das pessoas pela competitividade e a inovação”, disse o presidente da Associação, José Alberto Sampaio Aranha, ressaltando a importância da participação dos associados da Anprotec na Consulta Pública, com sugestões, recomendações, elogios e críticas construtivas ao Termo de Referência do Programa Nacional de Apoio aos Ambientes Inovadores.

(Com informações do Jornal da Ciência)

 

 

Letramento Digital para estudantes de Teresina

A evolução do conhecimento e das tecnologias tem sido muito rápida. O desafio é exatamente o de poder acompanhar esta evolução. E este desafio não é pequeno e nem é exclusividade desta ou daquela nação. A medida em que os avanços vão acontecendo, o ideal é que todos consigam acompanhar estes avanços, em especial os mais jovens.

Antigamente, o principal desafio era fazer com que as pessoas pudessem compreender a linguagem escrita e pudessem também se expressar por este meio. A luta, por muito tempo (e ainda continua), era fazer com que as pessoas pudessem entender os códigos representados por sequência de letras do nosso alfabeto. Serem alfabetizadas. Hoje, este processo é muito mais amplo. O letramento digital, por exemplo, compreende o entendimento de tecnologias digitais, tão comuns nos dias de hoje. Levar este letramento para os que, por falta de recursos, estão mais longe disto é uma tarefa interessante que ajuda a reduzir as desigualdades.

Pensando nisso, um projeto criado desde 2014 por pesquisadores da área de Ciência da Computação, finalmente entrou em execução, agora em 2019. Patrocinado pela Prefeitura de Teresina em parceria com o Instituto Ayrton Senna, o projeto Lagoas Digitais é de autoria dos pesquisadores Prof. Dr. José Bringel Filho e Prof. Dr. Thiago Carvalho, do Centro de Tecnologia e Urbanismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Estes cientistas são associados do Centro Unificado de Inovação Aplicada (CUIA) que reúne as melhores cabeças de diversas instituições e procura estreitar a parceria entre pesquisadores e setores de diferentes esferas do poder público e entes privados. O CUIA é uma instituição de pesquisa científica e tecnológica (ICT). Funciona como um braço das universidades que pode solucionar problemas pontuais ou sistêmicos para diferentes segmentos.

O projeto tem o objetivo de levar aos estudantes mais carentes as bases da lógica de programação de computadores. Com o domínio das linguagens próprias da programação as crianças poderão soltar sua imaginação na construção de aplicativos e jogos. É muito difícil alguém conseguir expressar sua criatividade se não tiver um meio para fazê-lo. O letramento pode revelar valores inestimáveis entre os estudantes das escolas municipais, dentre os quais a capacidade para resolver problemas, desenvolvimento cognitivo, melhoria no desempenho escolar, aumento na sociabilidade entre outras.

Conversei com o Prof. Bringel que me explicou que o projeto é piloto e será aplicado para estudantes de 10 escolas, sendo uma da zona rural. Além dos estudantes destas 10 escolas, a maioria de escolas em tempo integral, todas da rede municipal de ensino, serão contemplados também os estudantes do projeto Cidade Olímpica.

A TV Cidade Verde registrou uma matéria contando um pouco sobre o projeto. Acompanhe:

Considero uma iniciativa muito importante tanto dos pesquisadores em desenvolvê-la quanto da Prefeitura de Teresina em levá-la para suas escolas. A parceria com o Instituto Ayrton Senna reforça esta importância, pois estes resultados podem ser expandidos para outras regiões do país, ajudando a tirar milhões de crianças da escuridão digital.

Bom domingo!

O fungo assassino

Há dois anos fiz uma leitura que me deixou perplexo sobre a capacidade do homem destruir o meio ambiente. Esta leitura foi do best-seller “A sexta extinção: uma história não natural”, da jornalista Elizabeth Kolbert. No seu texto, em linguagem bastante acessível e instigante, Kolbert vai relatando casos impressionantes de destruição da Biodiversidade.

Fonte: www.saraiva.com.br

Logo no primeiro capítulo, o livro traz o relato da destruição de algumas espécies de anfíbios, especialmente na região da América Central, onde existem florestas com forte endemismo de várias espécies de pequenas pererecas. O relato de Kolbert refere-se a existência de fungos que atacavam os anfíbios.

A revista Science da semana que passou traz uma síntese sobre os efeitos do fungo Batrachochytrium dendrobatidis (Bd), um fungo do grupo dos Quitrídiomicetos, encontrados no solo e na água doce, sendo, na sua grande maioria, inofensivos. O fungo foi responsável pela extinção de cerca de 90 espécies de pequenos anfíbios e a redução populacional de mais de 490 espécies que correm sérios riscos de se extinguirem.

O fungo cresce sobre a pele destes pequenos anfíbios, liberando toxinas que eliminam o organismo com problemas cardíacos. Mas o leitor atento poderia estar pensando: qual a culpa do homem, se é um fungo que ataca anfíbios?

A disseminação deste fungo iniciou, segundo uma síntese de todos os trabalhos de pesquisa na década de 1980, em razão do processo de comercialização de animais silvestres. A eliminação dos pequenos anfíbios se concentrou na América Central e na Austrália, principalmente. Muitas espécies de pequenos anfíbios estão em declínio e a situação não está controlada.

O homem é bem eficiente no processo de destruição da natureza. Uma pena!

Você sabia que existem animais que não bebem água?

Ele existe! Trata-se do rato-canguru, um pequeno mamífero da espécie Dipodomys deserti, que tem como habitat o deserto do Arizona (EUA). O rato-canguru é um animal com características adaptadas para a vida no ambiente seco. Apesar de não beber é óbvio que o animal utiliza água no seu metabolismo, extraída de alimentos como folhas e sementes desidratadas.

O rato-canguru é uma animal de porte muito pequeno, alcançando no máximo 10 cm de comprimento, bastante parecido com os camundongos utilizados em laboratórios, sendo criado como animal doméstico nos EUA. Possui rins adaptados para reduzir o volume mínimo de água da urina, como forma de economizar o máximo possível de água.

Fonte: www.culturamix.com

O rato-canguru recebe este nome por apresentar as patas traseiras bastante desenvolvidas e fortes, lembrando o perfil do Canguru.

Pesquisa publicada na revista Science da semana que passou apresentou vídeos de cobras cascavéis que, na tentativa de capturar ratos-cangurus produziram imagens da incrível capacidade de reagir, escapando de seu predador. As imagens foram captadas por câmeras-armadilhas no deserto do Arizona.

Acompanhe no vídeo as fugas espetaculares do rato-canguru publicado por Science:

Um bom domingo para todos (as)

 

 

O último a sair que apague a luz...

Ontem recebi uma ligação de um banco do qual sou cliente. Do outro lado da linha uma assistente do gerente da minha conta. Ela me informou que eu podia me comunicar a qualquer momento com o gerente da minha conta através de um chat do aplicativo do Banco. E caso eu não o encontrasse no chat, sempre teria alguém, sendo ela ou outro assistente. No final ela disse: não seria ótimo poder resolver todos os seus problemas do Banco sem sair de casa? Respondi que sim. Não satisfeita com minha concordância ela tornou a perguntar, mais especificamente: o que o senhor achou desta vantagem? Aí não me contive e respondi: fiquei bastante preocupado. Sou adepto das tecnologias, mas a medida que o banco me disponibiliza esta “vantagem” o seu emprego está em risco. Você parou para pensar nisso? Alguns segundos de silêncio e a voz da moça voltou dizendo: tomara que isso não aconteça.

Notei que minha fala, talvez tenha imprimido um tom meio lacônico, mas às vezes as pessoas não se dão conta de que determinadas ofertas das empresas, especialmente as que visam muito mais o lucro do que qualquer outra coisa, como os bancos no Brasil, são ciladas para o futuro.

Um estudo realizado pelo Fórum Mundial Econômico, publicado em 2016, com o título The Future of Jobs (O futuro do trabalho, em tradução livre), deixou o mundo de orelha em pé com os milhões de postos de trabalho que desaparecerão até 2020, substituídos pela tecnologia.

Estamos vivendo a época da Educação 4.0, inclusive já abordei aqui a preocupação que os pais devem ter com a educação de suas crianças para um mundo que exige habilidades. A formação é imprescindível, mas o desenvolvimento de habilidades já é pré-requisito para ocupações em alguma das maiores empresas do mundo.

A situação se torna mais preocupante no Brasil em razão de uma série de fatores, dentre eles a desvalorização dos professores, representada pela baixa valorização profissional, com um dos piores salários do mundo, assunto que também já tratamos aqui. Um crescente desmonte da educação superior também é fator de preocupação, uma vez que há precariedade no financiamento do segmento público e um processo que tem deteriorado as instituições privadas. Muitas instituições de ensino superior privadas passaram a fazer parte de grupos empresariais que, visando principalmente o lucro, tem deteriorado suas estruturas, optando pelo barateamento do processo com a inclusão cada vez mais comum de disciplinas pela modalidade à distância, precarizando a formação de seus estudantes.

Estudos tem apontado para profissões de formação superior que já podem ser totalmente substituídas pela evolução tecnológica. Segundo informações publicadas na imprensa nacional, importantes áreas, até bem pouco tempo concorridas para formação universitária, já estão sendo, gradativamente, substituídas por tecnologias como a Inteligência Artificial.

Diante deste quadro desolador, o último a sair que apague a luz. Ops... Não precisa. Existem sensores que farão este trabalho.

Desculpem-me pelo tom pessimista, mas precisava deste desabafo... Até a próxima...

 

 

 

 

 

 

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